Nem sempre dois é melhor do que um, mas quando o assunto são Labradores, é impossível resistir. E Otis e Bear que o diga. Os “manos” têm apenas três meses mas em maio, estiveram bastante ocupados a aprenderem um novo trabalho. Os patudos estão a ser treinados para se tornarem cães de terapia e ajudar os miúdos em duas escolas no estado norte-americano do Colorado.
A dupla foi apresentada nas redes sociais do Departamento de Polícia de Araphoe em abril e na passada semana, Bear e a sua tutora, Candace Gray, tiveram direito a uma apresentação no canal televisivo AuroraTV. Já este mês, os Labradores prosseguiram com os treinos nas escolas de Byers e Deer Trail, juntando-se aos outros patudos do programa de terapia: Riley, Rex e Zeke.
“Os miúdos em idade escolar estão a ter de lidar com muitas coisas no dia a dia”, frisou Tyler Brown, o xerife da cidade, ao canal Denver 7. “Tenho dois filhos pequenos e uma mulher que é professora e reconheço que há vários tipos de ansiedade que vêm com ter de ir à uma escola todos os dias. Estes cães ajudam a acabarmos com isso”, acrescentou.
Entre os principais problemas para os miúdos, segundo a polícia, estão a ansiedade com a pandemia, os tiroteios em massa e o facto de muitos acharem que as autoridades estão nas escolas para os prender. Otis e Bear irão ajudar a acalmá-los.
“Os cães estão a ajudá-los de formas que não poderíamos imaginar”, disse Tyler. “Estão a causar um grande impacto na sua saúde mental e a tocar vidas de maneiras muito positivas e significativas”.
A dupla irá ajudar a deixar os miúdos mais tranquilos, de forma a facilitar as conversas sensíveis com os funcionários das escolas. “Normalmente, os cães fazem algo pateta que leva os alunos a abrirem um sorriso e, em seguida, conseguimos iniciar uma conversa”, explicou Candace. “Eles vão começar a falar mais sobre o que os incomoda, ou o que os deixou preocupados ou chateados”, referiu.
Candace acrescentou que os patudos ajudam a distrair os miúdos durante conversas mais difíceis como, por exemplo, quando fazem algo de errado. “Mostramos quais decisões corretas eles poderiam ter tomado e, muitas vezes, eles sentem-se melhores com os cães presentes”, sublinhou.
Numa altura em que os tiroteios em massa são cada vez mais comuns no país — até o mês de abril, o Gun Violence Archive, um grupo sem fins lucrativos, registou 208, um novo recorde para esta altura do ano —, a dupla de Labradores também será treinada para aprender a identificar armas de fogo próximas.
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