O grupo Intervenção e Resgate Animal (IRA) já reagiu ao arquivamento da queixa-crime sobre os animais carbonizados em dois abrigos ilegais em Santo Tirso, em 2020. A organização fez um apelo a um vasto protesto pelas ruas. A 19 de novembro, já tinha anunciado que estava a preparar uma manifestação devido ao facto de a lei que criminaliza os maus-tratos a animais desde 2014 estar em vias de se tornar definitivamente inconstitucional.
“Querem enlouquecer os protetores dos animais e deixar sair impunes aqueles que esventraram, afogaram, torturaram, espancaram, mataram…Podem até tentar, podem até conseguir. Mas vão ter de assistir ao que temos guardado para vós”, disse o IRA nessa altura.
Agora, com o anúncio do arquivamento do caso da Agrela, o grupo anunciou a data do protesto: 21 de janeiro de 2023. O evento já está criado no Facebook e o IRA diz que terá autocarros para levar até Lisboa – com partidas de norte e sul do País – todos aqueles que queiram marcar presença.
A 27 de agosto do ano passado, recorde-se, mais de duas mil pessoas concentraram-se junto à Praça de Touros do Campo Pequeno, em Lisboa, num protesto organizado pelo IRA contra as touradas e contra a homenagem que ali estava a ser feita ao cavaleiro tauromáquico João Moura – a quem, em 2020, foram apreendidos 18 galgos na sua propriedade em Monforte (Portalegre), por alegados maus-tratos (os 17 sobreviventes foram todos adotados).
Os animais de João Moura estavam num avançado estado de subnutrição e o processo culminou no início de 2022 com a acusação ao cavaleiro de 18 crimes de maus-tratos por parte do Ministério Público.
Para a manifestação agendada para o próximo mês, o IRA deixa a promessa: “Desta vez vamos com tudo. Acabou o Carnaval! Partilhem, marquem já nas vossas agendas, troquem folgas ou férias!”.
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