Segundo a lenda, num famoso lago escocês vive uma criatura marinha com um pescoço gigante. O protagonismo dessa criatura mítica é tal que muitos já a apelidaram carinhosamente de Nessie. Porém, ainda ninguém conseguiu perceber o que vive realmente nas águas profundas do lago Ness, na Escócia. O novo palpite é que se trata do pénis de uma baleia.
O primeiro relato de um monstro a viver naquelas águas escocesas remonta a 565 d.C., na obra do missionário irlandês Santo Columba. Porém, este refere-se ao rio Ness e não ao lago. Os relatos de uma criatura gigante a viver exatamente neste local surgem apenas no século XX, em 1933. Desta vez, descrevem-na como um animal gigante, muito semelhante a uma baleia.
A verdadeira natureza desta lenda escocesa tem estado no centro de dezenas de investigações científicas. Um estudo publicado em 2019 examinou os tipos de vida selvagem que vivem no vasto lago e concluiu que o Monstro de Loch Ness pode estar relacionado com enguias.
No entanto, mais recentemente, o professor Matthew Sweet, ecologista molecular, partilhou outra teoria: “Antigamente, os viajantes/exploradores desenhavam o que viam”, escreveu Sweet nas redes sociais. “É daqui que vêm muitas histórias de monstros marinhos, ou seja, apêndices tentaculares e alienígenas que emergem da água, fazendo acreditar que se trata de algo mais sinistro. Porém, em muitos casos, tratam-se apenas de pénis de baleias”.
O investigador fez acompanhar esta observação com um conjunto de imagens que corroboram a sua afirmação e ajudam os leitores a perceber as semelhanças entre o pescoço alongado e parecido com um cisne que passou a ser associado a Nessie na cultura popular, e algumas fotografias de grande plano de pénis de baleias.
De facto, quando comparamos as fotografias das baleias com o alegado monstro marinho, as conclusões são chocantes.
Back in day, travellers/explorers would draw what they saw. This is where many sea monster stories come from ie. tentacled and alienesque appendages emerging from the water – giving belief to something more sinister lurking beneath….however, many cases it was just whale dicks. pic.twitter.com/6ZH1nJZvB1
— Prof. Michael Sweet 🪸 (@DiseaseMatters) April 8, 2022