Os cães e os gatos não são os únicos deixados para trás ou vítimas de negligência. Os animais exóticos também sofrem dos mesmos problemas e a estes, junta-se outro cada vez mais recorrente: o pouco conhecimento das pessoas que os decidem ter. Este verão, Ana Ribeiro e Henrique Nunes recolheram 60 ratazanas domésticas e outros roedores, dos quais mais de 30 esperam por lares definitivos.
“Estes 60 ratinhos foram resgatados a pedido das famílias que os tinham”, conta à PiT os fundadores do Bichos Exóticos, um santuário que salva e reabilita pequenos animais. “Foram dois resgates com perto de 30 ratazanas cada”, explica.
Ana e Henrique, ambos engenheiros, explicam que cada família comprou um casal de ratazanas numa loja de animais. A primeira garantia que terão recebido é que “não se reproduziriam tanto” e a segunda era que o próprio espaço ficaria com todos os bebés que nascessem. Passado seis meses, não houve outra alternativa a não ser recorrer ao Bichos Exóticos.
“Infelizmente os animais estavam magros e a viver em situações precárias, porque as pessoas nem sabiam que quantidade de comida dar a tantos animais”, sublinha. “A loja que os vendeu deixou de querer mais bebés porque já estava com animais suficientes. Sendo que muitos, se não todos, dos que chegaram a ser entregues foram congelados e vendidos como alimento para outros animais”, lamenta.
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Entre os pequenotes que ainda procuram um lar, estão Ervilha, Soja, Fiona e Bianca para adoção conjunta. As duas primeiras têm cerca de sete meses e chegaram ao santuário no final de junho, quando os então tutores decidiram entregá-las porque sofriam, supostamente, de alergias.
“Elas não estavam muito habituadas a ser manipuladas e eram territoriais com outras ratazanas, por medo, mas com o tempo foram-se abrindo e tornaram-se umas queridas”, avança. “Têm algum medo de estar fora da gaiola, mas com tempo e paciência ganharão confiança. Adoraram conhecer a Bianca e a Fiona e isso está a ajudá-las a sair mais da casca e a brincar mais pois sempre foram meninas paradinhas”.
Fiona e Bianca chegaram mais tarde, em julho, e têm três meses. “São cheias de vida e de energia, só querem brincar. Encontraram na Ervilha e na Soja duas manas mais velhas”, aponta.
Além das quatro irmãs, vários outros roedores de todos os tamanhos e idades estão disponíveis para adoção. Ana e Henrique vivem em Fátima, mas afirma que os seus animais já foram para casas de norte a sul do País.
Caso tenha interesse em adotar algum pequenote, pode entrar em contacto com o casal através do Instagram.
De seguida, carregue na galeria para conhecer os ratinhos à espera de um lar.