Animais

Associação Tiara roubada em feira na Amadora. Precisa de apoio para ajudar os animais

A organização foi assaltada durante a sua presença na Feira da Páscoa, na Venteira. Levaram objetos e dinheiro.
Precisam de ajuda.

Depois de ajudar animais durante toda a vida, Carmen Melo decidiu oficializar esta causa quando encontrou três cães abandonados perto do cemitério da Amadora. Sem apoios financeiros, a associação Tiara luta pelos animais da zona, com “algumas dificuldades”, que se agravaram depois de na Feira da Páscoa, os amigos do alheio terem furtado 500 euros durante a madrugada.

O evento aconteceu entre os dias 17 e 27 de abril, no Parque Delfim Guimarães. A fundadora de 63 anos conta à PiT que a organização foi convidada pela Junta de Freguesia da Venteira a marcar presença. “É a forma de conseguirmos algum apoio para subsistirmos, já que não temos subsídios, e os donativos são poucos”, explica.

Várias bancas foram assaltadas durante a segunda noite do evento, incluindo a da Tiara. Ao todo, foram levados cerca de 500 euros em objetos, como “isqueiros, fones, material elétrico, lâmpadas, e até chupa-chupas”, e em dinheiro, que a associação tinha já conseguido com as vendas.

Parece pouco, mas o crime representa para a associação “um prejuízo enorme”, que agrava o contexto financeiro com que lida, comprometendo a possibilidade de cobrir as despesas veterinárias e de alimentação dos animais. Ao todo, adianta ainda a presidente, os voluntários angariaram cerca de 300€ com as vendas, “a trabalhar 10 horas por dia, durante 11 dias, o que não permite sequer cobrir o prejuízo do roubo”. 

Há 10 anos a ajudar os animais

“Este amor é uma coisa que vem connosco desde pequeninos”, afirma Carmen, ao justificar a sua dedicação à Tiara. “Desde miúda que apanhava todos os animais que podia e fiz sempre o meu melhor para os ajudar”, acrescenta.

Explica ter vivido primeiro em Lisboa, residindo na Amadora há várias décadas. Há 12 anos, quando se deparou com o caso dos três cães abandonados por caçadores num terreno perto do cemitério do município, conheceu outras pessoas interessadas em fundar o projeto, e assim aconteceu. Antes disso, tinha já “salvado um gato que ficou preso numa armadilha para coelhos”.

Com o tempo, o grupo foi-se afastando, mas a presidente permanece fiel ao propósito. A Tiara funciona com quatro FAT (Famílias de Acolhimento Temporário), sem um espaço físico próprio, e ajuda sobretudo gatos, já que estes requerem menos espaço, e é por isso mais fácil conseguir famílias que os abriguem. 

As adoções, adianta a responsável, “correm bem por enquanto, já que é época de ninhadas”, uma vez que “a maior parte das pessoas prefere gatos bebés”. Contudo, admite existir um “ciclo vicioso”, com o qual lidam todos os anos, quando os processos param durante os meses de verão, devido à época de férias

Carregue na galeria para conhecer alguns dos animais resgatados pela associação Tiara.

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