A Associação Aldeia dos Gatos de Sintra nasceu do sonho de Sónia Martins, que está na causa animal desde que se conhece. Apesar de ajudar todas as espécies, o seu maior foco, ao longo dos anos, tem estado nos felinos. As poucos foi criando condições para melhorar a vida dos “gatos de ninguém”, contando com algumas voluntárias preciosas que não deixam o projeto cair. Há meses que são um sufoco, com muitas contas para pagar, por entre alimentação e cuidados veterinários, mas agora a situação atingiu um estado crítico: os gatos têm de sair do espaço onde estão, e num prazo de seis meses.
Sónia começou por construir abrigos em colónias – e em casa acolhia os gatos mais meigos para dar para adoção responsável. Entretanto, como eram cada vez mais os gatos meigos a precisarem de fazer recobro, decidiu alugar um espaço para ter mais condições para os acolher. Já não tinha condições de o fazer só em casa. E foi assim que, em plena pandemia, alugou um espaço na Tapada das Mercês, uma zona que pertence à freguesia de Algueirão-Mem Martins – no concelho de Sintra.

Uma casa que é uma aldeia de amor
Ao longo destes quatro anos, têm surgido muitas aflições, com faturas inesperadas de animais a precisarem de ajuda veterinária, mas, com a solidariedade de quem acredita no projeto, tem sido possível continuar. Contudo, desta vez, é preciso mudar de abrigo – e num período muito curto. “Tivemos uma visita do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), juntamente com o canil de Sintra. Visto não termos sala de recobro e um parque exterior, deram-nos seis para arranjar um outro espaço”, explica à PiT uma das responsáveis desta associação de proteção de felinos.
As cuidadoras estão de “mãos atadas” e só conseguirão uma solução para continuarem a proteger estes gatos se houver uma onda de solidariedade de todos os que possam ajudar. “Temos neste momento 120 gatos adultos e 29 bebés. Não sei como vamos conseguir arranjar um novo espaço em tão pouco tempo”, conta a mesma protetora à PiT.
Na esperança de que se encontre uma alternativa, a associação criou duas angariações de fundos em simultâneo, através das plataformas de crowdfunding PPL e GoFundMe, por meio das quais está a tentar obter 3.500€ até 8 de julho – e onde conta atualmente com ajudas de 35€ e de 421 euros, respetivamente. Ainda falta muito para conseguirem a verba necessária.

A procura de uma solução
E, nesse entretanto, as ideias não param de fervilhar. Que solução poderá ser encontrada? “O ideal seria uma uma vivenda com espaço exterior”, escreveu a associação, sublinhando que a exigência desse espaço não é sinónimo de os gatinhos terem acesso à rua. “É um espaço vedado com redes, para eles sentirem o exterior”.
“Se alguém souber de alguma coisa, se alguém tiver uma ideia… vamo-nos organizar para ver várias ideias. Alguém que tenha uma vivenda para remodelar… alguém que tenha capacidades financeiras para comprar o espaço e nos alugar… precisamos muito das vossas partilhas para chegarmos às pessoas certas”, apelam.
O local também é muito importante. “Se conhecerem algum espaço disponível, perto das nossas instalações atuais (não podemos abdicar da equipa de voluntários que tanto nos ajuda) ou se quiserem apenas ajudar financeiramente, todas as ajudas são bem-vindas e essenciais. Os esforços são constantes para continuarmos a nossa missão e dar a estes animais o amor e cuidado que muitos nunca tiveram”, rematam.
Se puder ajudar, contacte a associação – ou contribua através das angariações de fundos (podem doar a partir de 1€). Todo o apoio é precioso. Percorra a galeria e conheça alguns dos gatos para adoção e as instalações repletas de cor, carinho e muitos esconderijos, tocas e túneis, onde todos são tratados com muito amor.






















































