Leslie não teve um começo de vida fácil. Embora nos seus três primeiros meses de vida, tudo indique que não foi vítima de violência física, a cadela foi resgatada num estado crítico: tinha o corpo tosquiado, cheio de suásticas e insultos desenhados a vermelho. Isto, porém, não foi o motivo pelo qual as autoridades a retiraram do seu responsável.
Apesar de ser considerado problemático, não é ilegal desenhar nos animais de estimação e por isso, os símbolos em si não foram suficientes para resgatarem Leslie. No entanto, a patuda vivia solta e andava livremente sem trela, o que levou a polícia de Missouri a recolhê-la e encaminhá-la para a Rescue One, uma associação local sem fins lucrativos de resgate animal, há cerca de uma semana.
Lá, os voluntários acolheram-na de braços abertos e estão dispostos a mudar-lhe o destino. “Ela está a ir para a banheira para retirar todo este ódio. Só aceitamos amor aqui”, avançou o espaço no dia do seu resgate.
Embora a suástica tenha existido por vários séculos em outras culturas, como no budismo, foi com o ditador austríaco Adolft Hitler, na década de 1920, que ganhou fama e passou a ser considerada um símbolo de incitação ao ódio, sendo a protagonista da bandeira nazi. Hoje em dia, é ainda usada por vários grupos extremistas.
Além das suásticas, Leslie teve vários insultos pintados no corpo. Entre eles, um aviso: “Não alimente esta m*rda de cão”. A filhote, porém, não poderia ser mais diferente do ambiente onde cresceu.
“Ela é perfeita e já começamos a analisar os seus pedidos de adoção”, disseram os voluntários ao canal televisivo Live Now da Fox. “Ela adora brincar com os outros cães e é uma cadela muito amigável. Ainda bem que a polícia resgatou esta bebé e e que podemos fazer parte da sua história em encontrar um novo lar”, acrescentou.
A cria está agora numa família de acolhimento temporário e estará disponível para a adoção no próximo mês. Apesar de ainda não terem conseguido apagar todas as suásticas, estas já estão a desaparecer e Leslie continua a tomar banhos com frequência. A patuda adora fazer a sesta e tem muito amor para dar.
No início deste ano, um gato Sphynx foi resgatado de uma prisão no México com várias tatuagens e segundo as autoridades, tudo indicava que tinham sido feitas sem anestesia. O felino foi apelidado de “narco-gato” e já encontrou uma família.
Carregue na galeria para conhecer a simpática Leslie.