Leslie está preparada para uma nova vida. A filhote de três meses foi para a banheira várias vezes e com a ajuda de voluntários, “retirou todo o ódio do corpo”. Depois de ter sido encontrada com o pelo tosquiado e o corpo coberto de suásticas e insultos em maio, a patuda foi acolhida pela Rescue One, uma associação no estado norte-americano de Missouri e está agora numa família de acolhimento temporário.
Apesar das circunstâncias, tem uma personalidade adorável. “Ela não parece ter qualquer problema de comportamento e não tem medo de homens”, disse a mamã temporária, Perry Carpenter, à revista People. “No seu primeiro dia em casa, deitou-se de barriga para cima em frente ao meu marido, o que significa que se sente confortável”, acrescentou.
Já fisicamente, além de alguns arranhões espalhados pelo corpo e causados pelo antigo dono enquanto a tosquiava, a filhote está saudável. “Ela está ótima e é amorosa. Adora ficar sentada sozinha e mastigar pedaços de pau”, partilhou.”Temos dois cães e ela dá-se muito bem com ambos. É uma bebé muito meiga”, sublinhou.
Leslie também não deixa de ter um lado engraçado: tem um latido de gente grande. “É muito grave e quando escutamos, pensamos ‘Isso saiu daquela coisinha?'”, brincou.

A pequena sobrevivente já está vacinada e esterilizada. “Só espero que ela encontre um lar feliz, onde tenha amigos e miúdos”, frisou Perry, acrescentando que o lar ideal para a companheira seria numa casa, visto que adora ladrar e isso pode vir a ser um problema para os tutores e os seus vizinhos.
Leslie foi retirado do então dono em maio e, ao contrário do que deve imaginar, não foi por causa das suásticas e insultos. Apesar de ser considerado problemático, não é ilegal desenhar nos animais de estimação e por isso, os símbolos em si não foram suficientes para a resgatarem. No entanto, a patuda vivia solta e andava livremente sem trela, o que levou a polícia a recolhê-la e encaminhá-la para a Rescue One.
Embora a suástica tenha existido por vários séculos em outras culturas, como no budismo, foi com o ditador austríaco Adolft Hitler, na década de 1920, que ganhou fama e passou a ser considerada um símbolo de incitação ao ódio, sendo a protagonista da bandeira nazi. Hoje em dia, é ainda usada por vários grupos extremistas.
No início deste ano, um gato Sphynx foi resgatado de uma prisão no México com várias tatuagens e segundo as autoridades, tudo indicava que tinham sido feitas sem anestesia. O felino foi apelidado de “narco-gato” e já encontrou uma família.