Na natureza, só os mais fortes sobrevivem. É assim a lei da selva. Por isso, quando um bebé girafa abandonado pela mãe foi recolhido com três dias de vida, na África do Sul, o futuro não se afigurava muito promissor.
Um agricultor que encontrou o bebé, em novembro de 2019, levou-o a um centro local de reabilitação de rinocerontes, The Rhino Orphanage, que de imediato lhe prestou auxílio. Mas Jazz – o nome que lhe foi dado – contou com um outro aliado inesperado: o cão de guarda do santuário, um Pastor Belga Malinois chamado Hunter.
Apesar de os elementos do centro de reabilitação estarem mais habituados a cuidar de rinocerontes, não hesitaram em acolher a girafa e mostraram-se determinados em conseguir salvar-lhe a vida.
Quando chegou ao centro, Jazz estava em estado comatoso. Foram-lhe administrados fluidos intravenosos e acabou por conseguir recuperar a consciência 18 horas depois.
Tratá-lo não foi tarefa fácil. Como já tinha 1,8 metros de altura, os elementos do santuário tinham de subir a um banco para o alimentar – deppois de, com a ajuda de dois veterinários, terem conseguido que ele se pusesse de pé.
Enquanto eram prestados todos estes cuidados, Hunter nunca saiu do lado de Jazz. O cão de guarda desenvolveu uma ligação especial com a pequena girafa – e quando Jazz não comia, ele também se recusava a comer.
Quando Jazz começou a ficar melhor, Hunter – que é igualmente um poderoso segurança contra caçadores furtivos – também voltou a ter apetite. O pequenote foi alimentado com leite e até começou a comer por conta própria algumas folhas que encontrava pelo centro.
A pequena girafa também precisava de muito repouso e o Pastor Belga Malinois ficava sempre junto dela. Mas, infelizmente, Jazz acabou por não resistir e sucumbiu em dezembro desse mesmo ano devido a uma hemorragia cerebral. E o seu melhor amigo esteve ao seu lado também nesse momento. “Jazz deu o seu último suspiro com Hunter e as suas mamãs humanas ao seu lado”, informou o centro, acrescentando que a pequena girafa tinha ficado no coração de todos.
