O cão Barney e a cadela Nutmeg foram descartados. A dupla terá sido deixada pelo antigo detentor no Condado de Macomb, no estado norte-americano do Michigan, sem possibilidade de voltar para casa. Quando uma associação local recebeu a denúncia, foi até ao local resgatá-los. Mas só um deles permitiu ser apanhado.
O macho, Barney, conseguiu fugir dos voluntários que tentaram várias vezes recuperá-lo. Contudo, sem sucesso, levaram a fêmea, Nutmeg, até ao abrigo e decidiram tentar outro dia. Sem o irmão, a cadela ficou completamente “destroçada” — não queria comer e só ficava deitada enrolada no canto da jaula.
“Ela ficou deitada no canto da box, sem se mexer ou mal levantando a cabeça”, disse Jordan Covington, da associação The KG Foundation, à revista “Newsweek”. “Todo o corpo dela estremecia quando lhe tocaávamos, e ela fazia xixi ou cocó se tivesses de agarrá-la. Era de partir o coração”, recordou a voluntária.
Nos dias que se seguiram, a equipa de intervenção percorreu a região em busca de Barney, sem saber que o macho estava a caminho do abrigo a seguir o cheiro da “mana”. No quinto dia desde o resgate da fêmea, o macho foi capturado nas proximidades da associação, que fica a oito quilómetros do local onde Nutmeg tinha sido recuperada inicialmente.
Quando finalmente se encontraram, Nutmeg não reconheceu o irmão de imediato. “Quando ela viu o Barney pela primeira vez, ficou assustada e fez cocó em todo o lado”, contou. “Rosnou no início, mas assim que percebeu que era mesmo ele, transformou-se numa cadela diferente. Andava à volta dele, a lambê-lo e a abanar a cauda. Foi a primeira vez que qualquer um de nós a viu fazer ‘coisas de cão a sério’.”
Tanto o macho quanto a fêmea estavam num péssimo estado quando chegaram há cerca de um mês. Barney, especialmente, tinha cicatrizes por toda a cara e foi ainda diagnosticado com dirofilariose, popularmente conhecida como lombriga do coração. Nutmeg, por sua vez, está saudável, mas tem de trabalhar a socialização, tanto com pessoas quanto animais.
“Eles são definitivamente muito ligados um ao outro e uivam quando não se veem”, disse a voluntária. “Têm grandes personalidades, o que os torna ainda mais amáveis.” Os dois irmãos estão atualmente à espera de uma família de acolhimento temporário (FAT) que os ajude a sentirem-se confortáveis com pessoas e outros animais.
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