Animais

Cão resgatado de um laboratório descobre paixão pelo mar. Agora não quer outra coisa

Foi adotado por um fotógrafo e vive agora na Califórnia, onde adora "ir à praia, ouvir Bob Marley e fazer ioga."
Adora a liberdade.

No seu primeiro ano de vida, Otis não soube o que era a liberdade. O cão da raça Coonhound nasceu em Nova Iorque, nos EUA, mas foi logo enviado para a Califórnia, onde durante mais de 300 dias foi submetido a testes num laboratório. Quando tinha cerca de um ano, foi resgatado pela associação Beagle Freedom Project, uma associação especializada no salvamento de cães utilizados em experiências. Agora, tem uma vida de sonho.

“Ele não é um Beagle, mas em muitos casos usam cães maiores para experiências toxicológicas”, contou o tutor, o fotógrafo Robert Sturman, ao site de animais GeoBeat Animals. Quando foi acolhido pela associação, Otis tinha o pelo da cabeça rapado e marcas que indicavam que tinha equipamento inserido no cérebro.

A história de amor entre a dupla começou em 2022, logo após o resgate do gigante. O objetivo do fotógrafo era recebê-lo como família de acolhimento temporário (FAT), mas o plano não correu como o esperado.”Quando o conheci, era o ‘rapaz’ mais incrível de sempre”, recorda. “Sentámo-nos no sofá juntos e naquele momento soube que não seria temporário. Sabia que ficaríamos juntos para sempre.”

Sturman vive na costa californiana e dedicou parte da sua vida ao bem-estar e ao ioga. Como é de esperar, vai muitas vezes à praia e logo após ter concluído a adoção de Otis, decidiu levá-lo pela primeira vez. E bastou pôr as quatro patas na areia para descobrir uma nova paixão.

“O oceano representa a liberdade total e tento levá-lo à praia pelo menos três ou quatro vezes por semana desde então”, sublinha. “Quero que todos os dias sejam os mais bonitos de sempre, repletos de amor e bondade”, frisou. “É de partir o coração pensar que ele não pôde desfrutar disto antes.”

 
 
 
 
 
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Otis, por outro lado, continua a não ser um “cão normal”. O primeiro ano de vida deixou sequelas que ainda não foram possíveis curar — e possivelmente não nunca possível livrar-se delas. O Coonhound era submetido a “testes violentes” no cérebro, o que o deixou ansioso e com medo de quase tudo. A falta de socialização numa idade ideal — os primeiros meses de vida — também afetou o seu desenvolvimento.

“Às vezes, tenho medo de que tudo que ele passou possa afetar o tempo que temos juntos, mas ele sabe que vou estar sempre lá para ele se sentir como rei que ele nasceu para ser”, sublinhou o tutor.

Mesmo com os problemas comportamentais e a ansiedade, Otis tem conseguido aproveita a vida da melhor forma. E está sempre pronto para recerber alguns mimos de quem se apaixona por si na praia.

De seguida, carregue na galeria para saber mais sobre o cão Otis.

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