Em Stellenbosch, região vitivinícola na África do Sul, os pesticidas têm duas patas e andam de um lado para o outro atrás das pragas. São patos da Índia— e são à volta de 500 —, que protegem as vinhas da propriedade de Vergenoegd Löw de espécies invasoras como caracóis e insetos.
Pelas características desta espécie de ave, tais como o considerável comprimento das pernas e a retidão da postura, têm maior facilidade em chegar aos parasitas entre as folhas das videiras.
Chamam-lhes os “soldados das vinhas”, segundo revela à Reuters o responsável pela direção do negócio da quinta, Corius Visser. E são, mais do que meros empregados sem vencimento, autênticos guardiões da propriedade onde vivem, na Cidade do Cabo. Movimentam-se sempre em batalhão para onde quer que se dirijam, e essa união numerosa fez deles uma atração turística irresistível.

Contra as pragas, marchar, marchar
Como bom exército que são, organizam-se em fileiras e seguem um líder. E respeitam, ainda, um rigoroso horário, tal qual num quartel militar. De manhã mobilizam-se até às vinhas, para salvar as colheitas, e à noite voltam, para picar ‘pellets’ de comida nutritiva para aves.
São tantos e não deixam, todos eles, de marcar quem os conhece. Para Yodell Scholtz, o tratador destes “soldados das vinhas” de há dois anos para cá, essa relação afetiva com os “seus” patos é incontornável. “É quase como criar os meus próprios filhos”, confessa.
Carregue na galeria e veja os “soldados das vinhas” em ação no terreno.