Animais

Cisco foi abandonado depois de ficar cego e quase foi eutanasiado. Hoje, vive feliz

O Bulldog Francês tinha olhos muito salientes, que fizeram com que ninguém o adotasse. Corre e brinca sem limitações.
Vive feliz e com amor.

A aparência continua a ser um dos fatores mais relevantes em qualquer interação social, mesmo que seja com um animal. Cisco é um Bulldog Francês, que foi abandonado quando ficou cego, devido ao aumento do tamanho dos olhos, e das salientes veias vermelhas. Depois de passar algum tempo em abrigos, encontrou uma família que viu nele mais do que isso.

Depois de ser abandonado, o cão “passou muito tempo em abrigos”, e quase foi eutanasiado — uma prática ainda recorrente nos canis dos Estados Unidos da América — até ser resgatado por uma associação. “Provavelmente tinha um ar louco, por isso ninguém o queria”, confessa a tutora à Geobeats.

Cisco foi acolhido por uma FAT (Família de Acolhimento Temporário), e o seu caso foi dado a conhecer online, através da plataforma Pet Finder, que permite a pessoas interessadas em adotar animais procurar diferentes opções, com base em vários critérios (como tamanho, idade, ou raça).

A tutora adianta que a família “procurava um cão como ele” e que “o anúncio dele estava sempre a aparecer no Pet Finder”. Sem grandes expectativas, decidiram conhecer o patudo, apenas para “ver como é que ele era”.

“A mãe de acolhimento dele atirou uma bola pela relva e ele correu atrás dela, seguindo o som”, explica a tutora, descrevendo o momento em que se deu conta de que as limitações do cão não seriam tão impeditivas quanto tinha presumido.

“Ele é completamente destemido”, conta. “Ele corre atrás de sons. Consegue correr atrás de bolas, de cães, e tem uma ótima vida”. Em 2017, dois anos depois de viver com a nova família, o patudo desenvolveu glaucoma. Esta doença danifica o nervo ótico, aumentando a pressão na cavidade ocular, e causando inchaço nos olhos. No caso de Cisco, não foi possível controlar a condição com medicamentos, e os glóbulos oculares tiveram de ser removidos por completo, “para que possa viver sem dores”. “Agora não tem olhos, e está feliz e confortável”, assegura a sua “mãe”.

A cuidadora avança ainda que nem sempre as pessoas que conhecem se apercebem de que o cão é cego, “porque ele anda cheio de confiança” à sua frente. “Ele anda com dois avisos de “cão cego”, e a maior parte das pessoas nem sequer os lê, porque não estão à procura. Não notam nada de diferente nele”

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