O bem-estar dos outros tem sido o foco de Clarinha, que desempenhou o papel de mãe biológica e adotiva brilhantemente, e que agora procura uma casa onde possa brincar e receber atenção. A patuda foi resgatada pela Associação Limiana para o Ambiente e Animais de Rua (ALAAR) de uma situação difícil, e está no abrigo onde espera por uma família.

Francisca Laranjo conta à PiT que a organização recebeu Clarinha em abril deste ano juntamente com outros animais, resgatados de um contexto de acumulação provocado por “uma pessoa com problemas psicológicos”, que “queria ajudar os animais da rua mas não tinha capacidade para tratar deles”.

A voluntária de 24 anos adianta que a situação “chegou a um ponto complicado”, do qual a cadela de cinco anos foi salva quinze dias antes de dar à luz. Apesar do porte pequeno, a patuda teve 10 bebés, e cuidou de todos com a ajuda dos trabalhadores do abrigo.

 

 

 

 

 

Ver esta publicação no Instagram

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Uma publicação partilhada por ALAAR – Associação Limiana para o Ambiente e Animais de Rua (@alaar_oficial)

Como se 10 patudos pequenos não fossem trabalho suficiente, a cadela ficou encarregue de mais oito bebés recém-nascidos, acolhidos pela organização de Ponte de Lima depois de serem encontrados num monte, dentro de um saco plástico. Cientes de que uma mãe patuda seria a melhor opção para garantir o cuidado dos cachorros, os trabalhadores decidiram tentar que Clarinha adotasse a ninhada. “Experimentámos apresentá-los e ela aceitou-os logo”, conta a voluntária

Clarinha cuidou dos 18 patudos até atingirem os dois meses de idade. Durante o processo, a cadela recebeu apoio redobrado por parte dos voluntários, com “vitaminas reforçadas” e muita atenção. Quando atingiram a idade certa, todos os bebés foram vacinados e chipados, e rapidamente encontraram famílias que os adotaram. “Ela ficou para trás”, nota Francisca. 

A patuda está há seis meses com a associação. Quando chegou estava “muito assustadinha”, mas o tempo e a paciência dos trabalhadores tem dado resultados. “Notava-se que tinha muitos traumas, apesar de não sabermos ao certo o seu passado, mas teve um progresso enorme. No início rosnava mas agora já confia em nós”, avança a responsável pelas redes sociais da ALAAR.

Carregue na galeria para conhecer Clarinha, que está para adoção.