O primeiro cemitério público para animais de companhia em Espanha está prestes a nascer. A Câmara Municipal de Málaga anunciou, em comunicado, que a iniciativa irá arrancar já no final deste ano e o espaço, que irá contar ainda com um crematório, teve um investimento superior a um milhão de euros. Até o momento, o país contava com quatro projetos semelhantes noutras cidades, mas todos privados.
O novo projeto, localizado no Parque Cemitério de Málaga, será gerido pela empresa Parcemasa e teve os últimos procedimentos aprovados na segunda-feira, 18 de setembro. Segundo a autarquia, contará com um edifício com uma área de receção, instalações sanitárias, um gabinete administrativo e outro de uso veterinário.
“O edifício foi construído de acordo com critérios de sustentabilidade e eficiência energética”, avançou a Câmara. “Além de cremações e sepulturas, também oferecerá outros serviços, como trasladação de animais mortos, celebração da cerimónia de despedida, arrendamento de nichos e columbários ou cancelamento de registo de animais de estimação”.
A criação do espaço responde “à crescente sensibilidade social em relação ao respeito e cuidado dos animais”. Málaga é a província andaluza com maior número de animais de estimação e conta com mais de 350 mil patudos registados. Estes representam 23 por cento do censo andaluz. O cemitério terá ainda um espaço verde para depositar as cinzas dos animais.
Os valores, segundo o jornal “El Mundo”, foram definidos após análises de preços praticados noutros cemitérios e crematórios de animais no país, bem como o estudo de viabilidade realizado para a sua criação.
A cremação individual básica para animais até 30 quilos custará entre os 170€ e os 190€, dependendo da urna escolhida pelo tutor. Já para os maiores, entre 190€ e 210€. As sepulturas, rondam entre os 250€ e 425€, sendo que, os valores variam mediante aos anos de manutenção que podem ir dos dez aos 30 anos.
Assim como o país vizinho, Portugal conta com quatro cemitérios para animais de companhia, todos privados. O do Jardim Zoológico de Lisboa é o mais antigo e foi criado em 1934 para albergar o cão de um cidadão inglês. Além deste, as famílias podem encontrar um lugar para enterrar os animais em Lagos, Castelo Branco e Santa Maria da Feira.
Há ainda um serviço português, batizado de Cremar Pet, que transforma as cinzas dos animais em diamantes. O processo, porém é longo, sendo que pode variar entre os seis e os 18 meses e tudo depende do valor de quilates do diamante utilizado. À PiT, o fundador Afonso Rebelo de Sousa explicou que isto também faz com que o preço oscile: “Hoje, os diamantes comercializam-se a partir dos 1.900€, em que varia o quilate desejado, a cor e o corte”.
Percorra a galeria para saber os benefícios de ter um companheiro de quatro patas e como os animais podem ser bons aliados na saúde mental dos tutores.