Animais

Esta associação em Braga já não consegue ajudar — soma mais de 6 mil euros em dívida

A SOS Bigodes tem sete animais internados e já atrasou o pagamento das FAT e alojamento. Está a viver "dias de angústia".
Precisam de nós.

Mais uma vez, a SOS Bigodes chegou ao limite. A associação que atua na zona de Barcelos, distrito de Braga, soma mais de seis mil euros em dívidas veterinárias, hotéis para os animais à espera de adoção e custos com as colónias de gatos. Por causa disso, teve de suspender os resgates.

“Estamos a viver dias de angústia e desespero”, lamenta à PiT Cristiana Melro, presidente da associação. Atualmente, os donativos não chegam para cuidar dos sete animais que estão (ou estiveram) internados nos últimos meses — quatro gatos e três cães. “Temos despesas veterinárias, hotel, FAT, alimentação e colónias tudo em atraso. Não conseguimos aguentar a este ritmo e não conseguimos liquidar nem a nossa dívida veterinária.”

Entre os animais, está Tino, um gato salvo em março na zona de Areias depois de ter ficado preso num telhado. O felino não tinha forças para descer e, apesar de ter três anos, pesava apenas 1,8 quilos. Depois do resgate, os exames confirmaram o diagnóstico de neutrofilia, uma condição caracterizada pelo aumento do número de neutrófilos no sangue que pode indicar a presença de infeções e doenças inflamatórias. O tratamento já custou à associação 671€.

Quanto à gata Angie, foi resgatada a 8 de março, vítima de um atropelamento. Para além das lesões visíveis, estava anémica e a urinar e defecar sangue. “Está internada desde esse dia, a lutar pela vida, e tem sido uma luta constante. Por cada passo que dá para melhorar, há dois em que tudo piora”, escreveu a associação. A conta da felina é a mais elevada e está quase a chegar aos 1.600€. Em breve, terá ainda de ser vista por um ortopedista.

O cão Snow, por sua vez, esteve perto de não sobreviver. Isto porque “ia ser eutanasiado por causa de uma fratura na pata”. Durante os seus cinco anos de vida, teve uma família, mas quando partiu um dos membros em janeiro, os tutores terão recusado realizar a cirurgia ortopédica recomendada pelo veterinário, segundo a SOS Bigodes.

“Numa nova visita, foi proposta resolução cirúrgica ou em último caso, amputação. Ambas as opções foram rejeitadas. Avisados ​​que sem nada fazer, a pata iria apodrecer, infetar e possivelmente causar a morte do animal, optaram dias depois pela eutanásia”, apontou. “Foi-nos pedida ajuda por uma das funcionárias da clínica que conseguiu que os antigos tutores aceitassem ceder a titularidade do animal a alguém que de facto cuidasse dele.”

O patudo teve de passar alguns dias em observação, dado que a pata já estava infetada e não foi possível avançar com a cirurgia. Esteve a fazer pensos para controlar a ferida e as suas despesas em atraso rondam os 485€.

Para ajudar a SOS Bigodes, pode enviar donativos monetários através do MbWay (964 480 349) e do IBAN (PT50 0033 0000 4566 9853 3110 5).

De seguida, carregue na galeria para conhecer alguns dos animais a precisar de nós.

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