Um ataque com explosivos deixou 21 gatos mortos e mais de 60 feridos no abrigo de Kotobaza, na estrada de Akademika Zabolotnoho, em Kiev, na Ucrânia. Por volta da meia noite desta segunda-feira, 25 de setembro, atacantes “desconhecidos” bombardearam a associação, segundo avançou um canal local no Telegram.
“A responsável pelo abrigo já havia denunciado anteriormente as ameaças e escrito um depoimento à polícia”, disse a publicação. No Facebook, a presidente partilhou que tentou saltar as chamas para salvar os animais, mas foi impedida pelos bombeiros e outras testemunhas que lá estavam. As autoridades contaram também com a ajuda do Kyiv Animal Rescue Group, um grupo de resgate na capital.
Entre os sobreviventes, estão Galileu, um gato adulto, e o pequeno Alfie, de dois meses. A cria foi a única entre os vários bebés resgatados que resistiu aos ferimentos. Além das queimaduras, os felinos estão a enfrentar problemas graves nos rins devido à exposição às toxinas. Aqueles que conseguiram ser salvos, foram encaminhados para um hospital veterinário na região, onde estão agora a receber cuidados.
Alexei Surovtsev, um reconhecido ativista dos direitos animais, juntou um grupo de voluntários nesta terça-feira, 26 de setembro, para ajudar na limpeza do espaço. Nas redes sociais, partilhou um vídeo a mostrar os estragos e apelou ao governo ucraniano para serem concedidas as licenças para ser construído um novo abrigo onde os gatos vadios possam “alimentar-se, receber cuidados médicos e serem esterilizados”.
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Embora relatos iniciais tenham revelado que quase todos os animais tenham morrido, a responsável avançou que alguns conseguiram fugir e regressaram ao local “depois de algumas horas”. Na primeira noite, muitos dos felinos aparentemente saudáveis foram acolhidos por voluntários que vivem na região, sendo submetidos a análises de sangue e outros exames no dia seguinte.
“Todos os gatos adultos e as suas quase 80 caudas estão vivos e bem. Mas 21 gatinhos morreram”, lamentou a responsável na página da associação. “Quinhentos e setenta e nove dias de guerra… é uma pena que tantas pessoas estejam a lucrar com tanta tragédia”, acrescentou.
Carregue na galeria para ver os estragos da explosão e conhecer alguns dos sobreviventes.