O ano de 2023 começou com ótimas notícias para o mundo dos grandes felinos. A 7 de janeiro, o casal de tigre-de-sumatra Kasarna e Dash deram as boas vindas a dois filhotes gémeos no Jardim Zoológico de Chester, em Inglaterra, mas só agora a notícia foi avançada pelo espaço. A espécie está classificada como “criticamente ameaçada” desde 2008 pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

As câmaras de segurança do espaço mostraram o momento em que as duas crias chegaram ao mundo. Acompanhada do companheiro Dash, que ficou a dar-lhe “beijinhos” durante o parto, Kasarna deu à luz aos filhotes. O tigre-de-sumatra é considerada a menor subespécie de tigre do mundo, destacando-se pela pelagem mais escura.

Segundo Mike Jordan, diretor de plantas e animais do Zoo de Chester, o nascimento da dupla é “crucial” para a sobrevivência da espécie. Atualmente, estima-se que existam apenas 350 espécimes soltos na natureza, estando a grande maioria na ilha de Sumatra, Indonésia.

Entre as principais ameaçadas para os animais está a perda de habitat, sobretudo para produção de óleo de palma, a caça ilegal e a perseguição direta pelo homem. Os animais já tiveram cerca de 90 por cento do seu habitat destruído. No passado, três subespécies de tigres (os de Java, Cáspio e Bali) deixaram de existir.

“O nascimento de mais dois filhotes saudáveis de tigre-de-suamatra é outro passo significativo nos esforços de longo prazo para proteger esses animais incríveis”, disse Dave Hall, gerente da equipa de carnívoros do zoo. “Um dia, espera-se que a dupla continue a contribuir para o programa de reprodução de espécies ameaçadas, que agora está a desempenhar um papel crítico na prevenção da extinção desses animais majestosos”.

As crias ainda não receberam nome, tendo o espaço adiantado que irá esperar até que ambas “comecem a ganhar confiança” para se aventurarem do lado de fora. O zoo acredita que isto irá acontecer no começo do mês de abril. Desde que nasceram, estão confinadas com Kasarna e Dash no covil da família a “criarem laços”.

Segundo a página oficial da espécie no Zoo de Lisboa, apesar de serem considerados territoriais e solitários, os casais de tigres podem associarem-se para além da reprodução. O acasalamento ocorre em qualquer altura do ano e em cada época, um macho e uma fêmea acasalam apenas um com o outro.

No Zoo de Lisboa, pode também apadrinhar um tigre-de-sumatra por um período mínimo de um ano. Os valores começam nos 60€ e visa contribuir para os cuidados e conservação da espécie.

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