Animais

Gatos de abrigo fazem massagem em cão sénior cego com doença degenerativa

Tam tem nove anos e os companheiros felinos parecem saber quando o canídeo está a precisar de ajuda ou de alguns mimos extra.
É o "mais popular" do abrigo.

Tam já carrega quase uma década nas costas. A juntar a idade avançada à cegueira e à síndrome de Ehlers-Danlos (SED), uma doença degenerativa que causa a hipersensibilidade da pele e fraqueza nas articulações, o cão já não tem a energia de um jovem. Mas no Sunshine Animal Refuge Agadir (SARA), um abrigo em Marrocos, recebe toda a ajuda de que precisa. E não é só dos humanos.

O patudo é o favorito entre os gatos do espaço e os felinos sabem quando o companheiro canídeo precisa de ajuda. “Ele está habituado a dividir a sua cama com pelo menos dois gatos”, contou Hazel Skeet, uma das mais antigas voluntárias do SARA, ao site de animais “The Dodo”. “Todos os felinos adoram-no e fazem-lhe massagens”, acrescentou.

Num novo vídeo partilhado pelo abrigo, é possível ver um dos ternurentos momentos que Tam partilha com os felinos. Neste, a gata Elodie faz uma massagem no gigante com toda a atenção e carinho e o cão não mexe um único músculo.

 

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Tam é o cão “mais popular” do espaço

O patudo está sob os cuidados do SARA desde que nasceu ao lado da irmã, Daccia, que também sofre da mesma doença. A dupla viu todos os seus irmãos serem adotados e acabou por lá ficar até os dias de hoje. Desde então, Tam e Daccia são “amigos muito próximos” e todos os dias pela manhã ou antes de irem dormir, estão habituados a brincarem.

“Ele passa o resto do dia a apanhar sol ou à sombra, a absorver os sons e cheiros do abrigo”, partilhou. Por vezes, Tam também recebe visitas de cachorros, mas não é grande fã dos pequenotes: “Ele tolera-os, mas prefere aconchegar-se com um amigo gato”.

Tam vive atualmente no The Farm Refuge, uma das três associações do SARA especializada nos cuidados de cães seniores e doentes. O espaço é também lar temporário de cerca de 200 gatos vadios e segundo Hazel, é “quase impossível” sentar do lado exterior do espaço sem ser rodeado pelos felinos. Ainda assim, os patudos preferem estar ao pé de Tam.

“Ele é o cão mais popular do SARA. Os gatos sabem que ele ficará quieto e será gentil com eles. É também o travesseiro perfeito para eles fazerem a sesta e ele adora receber todo este carinho”, sublinhou.

Já com pessoas estranhas, o cão cego costuma ser mais desconfiado. Mas não é difícil conquistá-lo. “Demora um pouco para ganhar a sua confiança, mas depois que consegue, ele é um menino super carinhoso e fofo. Sinto-me privilegiada que ele reconhece a minha voz, o meu cheiro e vem cumprimentar-me quando chego ao abrigo”, partilhou.

Apesar de não haver cura para a doença degenerativa, Tam e Daccia vivem felizes e são muito bem cuidados pelos voluntários e pelos gatos que os “adotaram”.

Carregue na galeria para ver Tam com os seus amigos felinos.

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