Animais

Gigas está livre da doença. Cuidadora ainda tem esperanças de encontrar-lhe um lar

O felino passou os últimos dois anos a recuperar em Lisboa. Chegou a ser adotado, mas foi devolvido dias depois. Quem o acolhe?
Tem entre 5 e 7 anos.

Aos seis anos, Gigas já viveu uma verdadeira odisseia. E tudo aconteceu nos últimos dois. Agora, livre da doença na língua que lhe roubou os dentes, o gato preto só tem um pedido para o Pai Natal: encontrar uma família para sempre. Desde que foi devolvido dez dias depois de ser adotado, em fevereiro de 2023, não voltou a receber candidaturas e continua sob os cuidados de Teresa Soaresa. 

“A família ideal será uma que tenha uma casa totalmente vedada, que impeça o gato de fugir”, começa por contar à PiT a jovem de 25 anos. “Tendo sido de rua durante muitos anos, é capaz de ter o instinto de fugir e não voltar”, explica, acrescentando que apesar de Gigas tolerar cães, o ideal é ir para um lar apenas com outros gatos. 

Apesar de não ter dentes, o gato que terá entre cinco e sete anos não deixa que nada o impeça de comer. É ração, são patés, tudo o que lhe puserem à frente. Foi precisamente por isso que quando foi resgatado tinha como apelido Gigante. Com o tempo, o nome foi encurtado para Gigas, como é hoje conhecido. 

Está em Lisboa à espera de uma família.

A história (ainda) sem fim de Gigas

Gigas, que vivia numa colónia em Lisboa, foi encontrado por Teresa com a língua para fora e a salivar. Preocupada, a jovem formada em Medicina fez de tudo para o ajudar. No entanto, após uma consulta numa clínica veterinária, apercebeu-se logo que o que era para ser apenas três dias de tratamento, transformou-se em três meses.

“Fui à consulta com ele, e esperava que o tratamento fosse depois feito na rua. Mas o seu diagnóstico não o permitiu. Acabou por ser internado com uma panleucopenia gravíssima, e ficou uma semana a lutar contra calicivirus e parvovirus”, descreveu à PiT na altura. 

A doença é caracterizada pela diminuição da quantidade de glóbulos brancos, o que provoca a infeção de outras células do organismo. No caso de Gigas, tinha uma úlcera na boca, que era o que fazia com que ele salivasse em tanta quantidade e deitasse a língua de fora.

Durante quatro meses, Teresa colocou todas as suas forças em arranjar um lar para o gato. Pôs de lado os estudos e dedicou-se a cuidar do felino, que, com pena sua, não podia ficar permanentemente no seu apartamento, por não se entender com os dois cães da jovem. Em meados de fevereiro de 2023, recebeu uma mensagem de uma senhora interessada na adoção do gigante. Mas a felicidade durou pouco.

Passados dez dias na nova casa, Gigas foi devolvido e voltou a viver num quarto na casa de Teresa. “Antes de o entregarmos, explicámos que era um gato que ia demorar algum tempo a ambientar-se e a ter confiança com as pessoas”, contou-nos. Na altura, ainda precisava de acompanhamento regular no veterinário. “Mais tarde, a senhora percebeu que não tinha disponibilidade, pois já tinha outros gatos, alguns deles com condições que necessitam de seguimento médico regular”, explicou. 

Desde então, é na casa de Teresa que Gigas espera por uma segunda oportunidade. Agora, porém, está totalmente recuperado da doença. A jovem ainda tem esperanças que o felino encontre um lar que tenha, acima de tudo, paciência para permitir que o felino se adapte. Tudo o que precisa é de uma família que lhe encha de mimos e faça-lhe companhia, especialmente durante as refeições. 

Gigas está na freguesia de Santa Clara, em Lisboa. Caso tenha interesse na sua adoção, basta enviar um e-mail (ines.adopcoes@nullgmail.com). De seguida, carregue na galeria para conhecer o gato gigante.

ÚLTIMOS ARTIGOS DA PiT