Basta trocar uma palavra pela outra para conhecer o novo projeto do Petssionate Boutique Hotel, em Lisboa. O HAT (hotel de acolhimento temporário) nasceu em parceria com a Animalife, uma associação sem fins lucrativos de sensibilização e apoio social ambiental, e segue a mesma lógica das famílias de acolhimento temporário (FAT), um dos termos mais conhecidos no universo animal.
“Muitas vezes as pessoas são internadas em hospitais e há aquele período em que não têm possibilidade de deixar os animais em lado nenhum”, começa por explicar à PiT Paulo Monteiro, fundador do Petssionate Boutique Hotel. “Nós sabemos a dificuldade que muitas associações têm de encontrar disponibilidade de pessoas que voluntariamente os acolhem por um período temporário”, acrescenta.
A ter isso em mente, o professor universitário sempre quis relacionar a unidade hoteleira que nasceu em fevereiro deste ano com a responsabilidade social. E quando recebeu o convite da Animalife, avançou com o primeiro projeto na área. Neste, o Petssionate irá oferecer cinco estadias por ano aos gatos sob responsabilidade da associação. Além dessas, está disponível para acolher outros felinos que terão a estadia paga pela Animalife.
“Ainda não recebemos animais em termos efetivos, mas já celebrámos o protocolo e estamos prontos para os acolher. A Animalife só tem de nos dar um pré-aviso para vermos se temos as condições”, diz. “Nesta altura de verão, é sempre mais complicado, mas de certeza que sempre conseguimos arranjar uma acomodação de emergência dentro daquilo que está protocolado”.
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Paulo explica que outro objetivo do novo projeto é ajudar a Animalife a ter menos despesas com os animais que ajuda, nomeadamente na construção de boxes e abrigos onde os possam deixar. Ao trabalhar em conjunto com o Petssionate, não se preocupam com esta vertente e tem a certeza que os animais têm onde dormir.
Por outro lado, o fundador partilha que a associação também quer expandir o HAT para outros hotéis para animais no País. “Perante a estas questões, nunca vamos ser demasiado para conseguir satisfazer e auxiliar todas as necessidades que existem a este nível”, frisa.
Para o futuro, o Petssionate quer avançar com outros projetos sociais, sendo um deles o trabalho ao lado de outras associações portuguesas de forma a ajudar no processo de adoção dos seus animais. “Mas para já, está numa fase embrionária”, conta-nos o fundador.
O espaço, localizado na Av. da Ilha da Madeira, destaca-se pela modernidade e conforto. É dividido por um lobby “reservado para os tutores”, e os restantes metros quadrados são todos para as acomodações dos hóspedes de quatro patas. Há um ginásio cheio de “distrações e brincadeiras”, como uma roda de exercício que funciona como uma passadeira, os gatos podem gastar todas as energias do dia a dia. Depois, ficam no “Chillout Lounge”, uma área que promove o bem-estar dos felinos. Neste, vão encontrar objetos que recriam a natureza, como um arranhador em forma de tronco de árvore, e poderão “reequilibrar as energias”.
O hotel disponibiliza cinco tipos de acomodações: traveller, premiere, exclusive, villa e suite. Estas diferem-se entre si pelo número de hóspedes e tipos de camas disponíveis. Além da comum, os patudos podem escolher aquelas que os tutores sabem que ganham a qualquer outra: as malas de viagens, caixas de cartão, almofadas e até camas feitas de madeiras em forma de televisão.
Carregue na galeria para conhecer o Petssionate Boutique Hotel e leia também o artigo da PiT sobre a sua abertura.