Animais

IRA: Cão resgatado de incêndio de Campolide continua a lutar pela vida

Do fogo resultaram um desalojado e dois cães mortos. IRA assegura tratamento do patudo, que depois vai para adoção.

Quatro dias depois de ter sido resgatado do incêndio urbano que atingiu um armazém na freguesia de Campolide — e que provocou um desalojado, que ocupava ilegalmente o espaço, e a evacuação das casas nas imediações —, Tone, o cão sobrevivente e resgatado pelo IRA, continua internado e à guarda da Intervenção de Resgate Animal.

O sinistro, que matou dois outros animais, resultou numa sequência de explosões por botijas de gás, colocando várias pessoas e animais em risco. O alerta chegou ao IRA, que acionou de imediato a Ambulância Animal e os Bombeiros Voluntários de Camarate, uma equipa de resgate e uma viatura de apoio.

De acordo com o grupo, ao chegar à habitação em chamas, entre os destroços e o fumo, foi encontrada uma cadela com queimaduras graves, envolvendo grande parte do corpo e da cabeça. Socorrida de imediato e transportada para o hospital veterinário, a cadela Margarida estava a receber cuidados intensivos. Acabou por não resistir algumas horas mais tarde.

No decorrer do resgate,  com o apoio dos Bombeiros de Campo de Ourique, foi retirado um animal carbonizado que posteriormente, em articulação com a Proteção Civil Municipal de Lisboa, foi recolhido para a Casa dos Animais de Lisboa. 

Na casa ao lado do armazém, também afetada pelas explosões, foi feito o resgate de três outros animais — um cão, um gato e uma caturra — nenhum apresentava ferimentos. Duas gatas que estavam desaparecidas no momento do resgate foram posteriormente encontradas, segundo o relato da tutora, publicado pelo IRA.

Os operacionais conseguiram ainda retirar sãos e salvos dois cães e os seus tutores de habitações vizinhas, de forma a garantir que todos estariam em segurança. O relato foi feito nas redes sociais, tendo sido resgatados ao todo oito animais.

Ainda segundo a organização, que cita uma fonte do executivo da Junta de Freguesia de Campolide, os animais mortos e Tone viviam em condições precárias e que o detentor dos animais “recusou ajuda para os mesmos”, tendo também o próprio “um registo social de acumulação de lixo”, o que poderá ter contribuído para o deflagrar das chamas. 

Assim, uma vez que Margarida acabou por não resistir, a associação assume agora os custos de tratamento de Tone e ficará com a custódia do mesmo até que este se recupere totalmente. Uma vez reabilitado, a associação irá colocá-lo para adoção responsável para que encontre um novo lar.

Juntamente com o apoio da comunidade, IRA continua a garantir que todos os animais que resgata tenham o apoio e a assistência necessários, independentemente das circunstâncias.

Percorra a galeria para ver mais sobre este resgate.

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