Kika foi adotada ainda bebé por um casal de idosos. Nos primeiros anos de vida, viveu em “condições miseráveis” num terreno de exploração agrícola na cidade de Barcelos, no distrito de Braga. Quando completou dois anos, o seu então tutor adoeceu e a sua mulher pediu a ajuda de uma vizinha para cuidar da cadela.
Quando Cláudia Oliveira chegou à região, há cerca de um ano, conheceu a sua história. “Ela estava num terreno e o dono não já morava mais na zona”, começa por contar à PiT. “Várias pessoas vão lá fazer exploração agrícola mas não é de ninguém”.
Deixada para trás, Kika aprendeu a viver sozinha. Desde que foi abandonada pela única família que conhecia, a vizinha e também cuidadora visita-a diariamente. E foi numa dessas visitas, há cinco anos, que descobriu uma nova ninhada. Em pouco tempo, porém, todos os filhotes de Kika encontraram um lar. A cadela, por outro lado, continuou sozinha.
“Ela está ali há cinco anos sem acesso a pessoas, nem nada. Só a esta senhora”, partilha Cláudia. Para evitar que Kika engravidasse novamente, a cuidadora construiu uma vedação de cerca de 10 metros quadrados, onde vive livre, sem estar acorrentada e com mantas para aquecê-la. Por vezes, até passeia de trela com outros cães.
No passado sábado, 7 de janeiro, teve ainda direito a um dia de spa na Sami’s Pet Care, uma pet shop em Barcelos. E esta semana, também integrou o Pinder, a nova plataforma da PiT de adoção responsável e de match entre tutores. Na sua página, que conta com o contacto de Cláudia, espera encontrar uma família para chamar de sua em breve.
Tem muito amor para dar
Através de donativos, Cláudia Olivieira conseguiu agendar para esta quinta-feira, 12 de janeiro, a cirurgia de esterilização de Kika. “Ela fez 30 quilómetros comigo hoje no carro e esteve sempre calma. É uma cadela muito meiga e simpática”, conta-nos. “A senhora dá-lhe boa ração e desparasitação. A Kika agora até está gordinha, mudámos para ração light”, diz entre risos.
Aos 15 quilos e sete anos, Kika espera ansiosamente por uma casa. Esta tarde, Cláudia irá buscá-la ao hospital veterinário onde será esterilizada. Apesar da conquista, confessa que não é fácil. “Custa-me muito devolvê-la ao terreno”, confessa. “Naqueles dias de chuva e frio ela fica lá, era melhor se tivesse uma casa”.
Kika dá-se bem com outros cães. Com gatos, apesar de nunca a ter visto próximo dos felinos, Cláudia diz que é cadela “muito acessível”. “Amor, ela vai tendo o nosso, vamos tentando dedicar o nosso tempo a ela. Mas queríamos alguém que pudesse fazer isso a 100 por cento. Alguém que pudesse estar com ela para sempre”, sublinha.
Caso tenha interesse em adotá-la, basta aceder à sua página no Pinder e contactar Cláudia Oliveira.
Carregue na galeria para conhecer a adorável Kika.