Koko não tem muitas preocupações, agora que celebrou 50 anos e já tem a tão merecida “reforma”. Para a primata, considerada uma das mais velhas da Europa, a festa ficou marcada pelas suas comidas favoritas — como alfaces, tomates e cerejas — e as brincadeiras ao sol ao lado dos chimpanzés mais jovens do Zoo de Whipsnade, em Inglaterra: Phil, Grant e Elvis.

“A Koko pode ter feito 50 anos, mas continua com uma saúde brilhante graças ao cuidado dedicado dos nossos tratadores e da equipa veterinária”, disse Grant Timberlake, tratador de primatas do espaço. “Particularmente, quando vê a sua comida favorita é como se ficasse com menos 20 anos — a trepar e a balançar-se nas árvores para lá chegar”, acrescentou. 

Os chimpanzés em cativeiro costumam viver entre 30 e 40 anos, mas Koko está a colecionar mais algumas décadas. A primata é oito anos mais nova do que Coco, a chimpanzé fêmea mais velha da Europa. Separadas por um “C” — ou um “K” — a dupla está a entrar para a história. Coco celebrou 58 anos em abril e tem seis filhos, mais de 15 netos e três bisnetos.

Já Koko, nasceu no Zoo de Dudley e mudou-se para o de Londres aos nove. Quando completou 33, foi para Whipsnade, o maior jardim zoológico do Reino Unido. Agora, juntou-se ao “Golden Club” do espaço que conta ainda com o flamingo Gladys, que celebrará 53 anos em julho.

“Como muitos humanos quando envelhecem, Koko desenvolveu artrite nas mãos, mas graças aos cuidados que recebe, isso não a travou”, partilhou Grant. “A nossa equipa veterinária cuida da inflamação com tratamentos a laser de baixo nível — uma maneira simples, mas eficaz de a ajudar a ficar sem dor e totalmente móvel. Esperamos comemorar muitos outros aniversários ao seu lado no Whipsnade Zoo”, acrescentou.

As chimpanzés fêmeas tendem a viver mais tempo do que os machos e acredita-se que a mais velha já registada, Little Mama, tenha vivido até os 80 anos. Apesar da sua data de nascimento não ser conhecida, estima-se que a primata tenha nascido entre 1937 e 1942 e morrido em 2017.

Os chimpanzés estão entre as seis espécies de grandes primatas existentes no mundo, entre as quais quatro, incluindo os chimpanzés, estão em vias de extinção, de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Entre as principais ameaças para os animais está a perda de habitat para expansões agrícolas.

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