Kay Banks sempre foi uma cat person. Em 2020, foi exatamente este amor que a fez constituir uma associação de resgate para ajudar o máximo de felinos possível na cidade de Custar, no Estado de Ohio, Estados Unidos. Mas em março, o grupo acabou por acolher uma residente diferente daqueles de quatro patas habituais.
Houve um dia em que Honey, uma Labrador, apareceu a andar nos arredores do abrigo. Em princípio, Kay e os vizinhos acreditavam que se tratava de uma cadela de uma das famílias que lá vivem. Afinal, é comum os cães andarem soltos na região. Contudo, num dia frio, a amante de animais percebeu que a patuda continuou na rua, sem qualquer ajuda e sabia que tinha de intervir.
A fundadora do Tabby Tails Cat Rescue acolheu Honey e percebeu logo que já se tratava de uma cadela idosa — os pelos brancos denunciaram-na. Desde o primeiro dia, descobriu através do microchip que a Labrador tinha família e chegou a entrar em contacto com os seus tutores. Mas sem qualquer sucesso.
“Já lhes ligámos várias vezes e também lhes enviámos diversos e-mails”, lê-se num dos apelos feitos na altura. “Esta cadela sénior está no nosso estacionamento há uma hora. Se este é o seu animal de companhia, por favor venha buscá-lo. Somos um resgate de gatos”, frisou. Os dias passaram-se e Kay continuou sem resposta. Até que soube que Honey já não sairia de lá.
@theceoofcats Honey update! She’s doing really well. Full of energy and goofiness. ❤️ #saved #dogs #dogrescue #dogsoftiktok ♬ original sound – Kay Banks
Desde 2016, Kay dedica-se por completo aos gatos, especialmente aos de rua, doentes e com problemas comportamentais. Em 2020, comprou um edifício que pertencia a uma antiga escola e transformou-o num abrigo. Hoje, é lá que acolhe dezenas de felinos de todas as idades. É também lá que Honey encontrou o seu novo lar.
“Sou uma cat person, por isso, adotar uma cadela sénior com vários problemas de saúde não estava nos meus planos”, confessou. “Ela sofre de artrite severa, o que é a combinação perfeita para quem vive num prédio antigo cheio de escadas”, brincou, acrescentando que várias vezes ao dia tem de levar a rechonchuda ao colo.
Em 2018, dois anos depois de ter iniciado o trabalho com os animais, acolheu o pequeno Charlie, um gato que nasceu cego e que fez com que Kay se apaixonasse por animais com necessidades especiais. E apesar dos problemas que tem vir com a idade, Honey é mais uma das almas que a amante de animais sabia que tinha de ajudar.
Além da Labrador, o abrigo conta com outros três cães que têm um “trabalho” a sério: ensinar socialização aos gatos. “Quanto mais pudermos socializar os nossos felinos em ambientes diferentes, mais lares estarão interessados em adotá-los”, explicou. A Labrador adaptou-se rapidamente aos novos amigos e é vista várias vezes a fazer a sesta com os felinos.
A seguir, carregue na galeria para conhecer Honey e alguns dos gatos salvos por Kay.