A gata que vive há 20 anos numa rua de Lisboa tem um novo amigo. Ou uma amiga. Os moradores do bairro de Alvalade ainda não conseguiram confirmar se se trata de uma fêmea ou de um macho, mas estão encantados. “A Preta agora tem uma outra companhia todas as noites”, diz Ana, em declarações à PiT, revelando que o novo pet recebeu o nome de Tomé. “Não sei porquê. Acho que é porque tem focinho de malandro e por isso faz lembrar o Tomé da novela Festa é Festa [da TVI]”, acrescenta, entre risos.
O gato – ou gato – é malhado, ainda novinho e tem tornado as noites da Preta num reboliço. “Ele só cá aparece à noite, mas, tal como ela, tem a orelha cortada, o que significa que é um animal sinalizado e pertencente a uma colónia. A verdade é que durante o dia ninguém lhe põe a vista em cima, mas de noite cá anda ele, a miar e a pedir comida”, conta Ana. “A Preta, que já tem uma certa idade, lá se vai habituando às tropelias típicas de um gato que, por ainda ser jovem, ainda tem a energia que ela já não tem”, ri-se.
De lembrar que Preta vive desde 2002 naquele bairro e é alimentada por um grupo de pessoas que garantem que ela tem sempre alimento e água à disposição. “Combinamos entre nós quem é que lhe dá a ração e muda a água das taças. Estamos sempre em sintonia. Como uma dessas pessoas costuma dizer, a Pretinha agradece”, contou Ana à PiT.
Além disso, desde há cerca de um ano que conta também com a visita de Charlot, um gato preto e branco que “já sabe as horas do almoço e do jantar e gosta de ficar sentado, à espera, de ser alimentado”.
Preta é o exemplo perfeito de que, com amor, tudo é possível. Até porque a esperança média de vida de uma gata doméstica pode chegar, no máximo, os 18 anos e, “sendo ela de rua, a esperança diminui bastante”. “Ela andar por aqui a alegrar a nossa vida há 20 é muito invulgar. Mas também é verdade que a tratamos muito bem”, conta Beta, uma outra moradora no local, e que também ajuda na alimentação da apaparicada gata preta.
Carregue na galeria para conhecer esta gata e ainda o endiabrado Tomé.
