Quando uma das cadelas vadias sinalizadas pela Aldeia Verde apareceu paralisada e muito fraca, a equipa suspeitou de que se tratasse de um caso de febre da carraça ou de envenenamento. Em menos de 24 horas, uma segunda patuda foi encontrada com o mesmo quadro, alterando as suposições. Ambas estão internadas há uma semana, com um prognóstico reservado e à responsabilidade da associação, que precisa de ajuda para cobrir os custos.
As cadelas viviam na rua em Carrazeda de Ansiães, no distrito de Bragança, onde a organização atua. A responsável explica à PiT que já tinha conhecimento da existência de Luz, a primeira patuda a ficar doente, a quem foram tirados os bebés de um mês e meio na semana anterior. Tirámos os bebés e uma semana depois ela apareceu prostrada. O senhor que a encontrou pensou que ela estava morta”, diz a líder do grupo, esclarecendo que a patuda “vivia no meio do mato” e tinha o hábito de fugir dos humanos, pelo que permanecia por capturar.
Os sintomas, conta a cuidadora, são “paralisia total dos membros, enjoo e letargia”, que levaram o grupo a pensar que se trataria de um diagnóstico de febre da carraça.
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Violeta, a segunda a ser afetada, tinha também uma ninhada, e foi encontrada no mesmo estado um dia depois. “Elas eram muito próximas”, conta a líder da Aldeia Verde, avançando que terão sido abandonadas ao mesmo tempo.
O novo caso levou a equipa a alterar as suspeitas de febre pelo botulismo, uma doença rara e potencialmente mortal, causada por bactéiras presentes em comida estragada, e que causa os mesmos sintomas que as cadelas de seis anos apresentam. “Provavelmente comeram alguma coisa no lixo”, presume a responsável.
Luz e Violeta estão internadas há uma semana com “um prognóstico reservado”, e sem uma confirmação da causa da doença, que dificilmente chegará. “Não descartamos que possa ter sido envenenamento, mas já descartámos muita coisa, e nesse caso teriam aparecido mais animais doentes. Se for botulismo, como achamos, toca diversos órgãos e não há uma cura. O que se faz é suporte com soro e antibiótico”, revela a fonte. “Preveem-se semanas longas de internamento e fisioterapia”, acrescenta.
Todos os bebés foram recolhidos e estão com famílias de acolhimento. O objetivo da Aldeia Verde é acompanhar as mães até que se recuperem, esterilizá-las, e entregá-las também a FAT até que sejam adotadas. Para tal, pedem donativos que permitam suportar os custos dos tratamentos e da longa estadia que têm pela frente no veterinário.
As doações podem ser enviadas através do MBWAY 969886944, ou feitas por transferência bancária para o IBAN PT50 0045 2190 4029 1494 0303 7.
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