Animais

Málaga tem cães nadadores-salvadores para ajudarem banhistas em apuros

Seis patudos socorristas reforçam apoio nas praias. São Labradores e Terra Nova e conseguem percorrer longas distâncias a nado.
Duplas poderosas.

Durante o verão, as praias e as piscinas enchem-se de mais pessoas – a desfrutarem das suas férias ou de umas escapadinhas – e é tempo também, nas praias vigiadas, de os nadadores-salvadores entrarem em ação caso haja necessidade de prestarem assistência aos banhistas em apuros. E em Espanha estes seguranças do mar e do areal começam cada vez mais a fazer-se acompanhar de cães socorristas.

Depois de o programa ter sido implementado em Valência e no norte do país, este verão chegou a vez da Andaluzia, com as praias da zona de Vélez-Málaga a contarem com patudos atentos a quem mais precisa. São seis os cães, com idades entre 1 e 7 anos, que fazem parte da Unidade Canina de Resgate e Emergências MresQ, a primeira deste tipo na Andaluzia – que recorre agora também a patudos para a vigilância do litoral.

A unidade canina é assim formada por três cães de raça Terra Nova – Queen, Oso e Mai – e por três Labradores: Nancy, Brown e Buddy. Mas há um outro patudo, sem raça definida, que é muito hábil nestas artes e que, por isso mesmo, também tem recebido formação para resgates no mar: chama-se Pancho e é conhecido pelas suas incríveis capacidades nas operações de resgate, explica ao “Málaga Hoy” o diretor do programa, Manuel Durán.

Cães de resgate agora também nas praias de Málaga

Este programa pioneiro na Andaluzia tem a sua base operacional na praia pet-friendly de Torre del Mar – onde todos podem admirar esta patrulha canina, que ajuda nas tarefas de vigilância e salvamento dentro e fora de água. E estes cães, que são grandes nadadores, conseguem “rebocar” uma embarcação até à margem e de utilizarem o seu potente olfato para rastrearem o odor da roupa de uma pessoa perdida até a encontrarem. “Eles são capazes de nadar até três milhas náuticas [cerca de 5,5km] sem se cansarem ou de puxar entre 1.200 e 1.400 quilos na linha de flutuação”, sublinha à RTVE Miguel Sánchez-Merenciano, que é treinador desta unidade canina e que está já a dar formação a outros patudos, como Zeta.

Málaga
A postos.

E a segurança dos patudos é levada muito a sério. Sempre que estão de serviço, são equipados com coletes salva-vidas especiais (com airbag), que garantem que o cão mantém a cabeça fora de água no caso de ter dificuldades – e sempre junto dos seus inseparáveis guias resgatadores que, perante uma emergência, são os primeiros a chegar à vítima.

Além disso, estes socorristas caninos também têm turnos e horários que lhes assegurem o bem-estar. Assim, nesta unidade, a sua rotina diária está meticulosamente organizada. Chegam à central às 11:30, onde já estão preparadas as suas tendas e sistemas de ventilação. Começam a patrulhar às 12h e os seus turnos duram entre uma hora a uma hora e meia. Para que fiquem protegidos do calor, evita-se que trabalhem entre as 14h e as 17h.

Cães socorristas vivem com os seus guias

Os cães vivem com os seus guias e têm sempre sombra, ar condicionado, sistemas de ventilação e tudo o que é necessário para os manter hidratados e confortáveis. Cada cão tem um vínculo especial com o seu guia, que assegura que estão sempre bem cuidados e protegidos”, diz Manuel Durán ao “Málaga Hoy”.

Málaga é a província andaluza com mais animais de companhia registados. Só a capital conta com 110.000 e a tendência é ascendente, reportou recentemente o “Diario Sur”. Talvez tenha sido por isso que foi em Málaga que nasceu o primeiro cemitério público espanhol para animais de companhia. Anunciado em setembro de 2023, a zona norte do Cemitério San Gabriel destina-se a sepultar os pets e abriu portas em junho deste ano, num investimento de 1,1 milhões de euros.

Agora, com os cães socorristas, Málaga está a dar mais um bom exemplo na Andaluzia, mostrando como os animais são importantes para a comunidade. Percorra a galeria e conheça os amigos de quatro patas que participam neste programa.

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