Quem não conhecesse Jeremy e o visse em julho do ano passado, diria que o mix de Pitbull estava a viver a melhor vida que um cão pode ter. A mesma ideia tiveram aqueles que deram com o patudo, abandonado e sem rumo, à porta de uma loja de conveniência, em Long Island, uma ilha de Nova Iorque, nos Estados Unidos.
“As pessoas que o encontraram disseram que ele era amigável”, contou um porta-voz do Abrigo de Animais da Cidade de Hempstead, à Newsweek. “O Jeremy correu até eles e eles trouxeram-no até nós”.
Da vida “anterior” do mix de Pitbull nada se sabia, mas os primeiros meses de Jeremy no abrigo revelaram um cão ativo e com muita vontade de brincar e aprender. E assim foi. Jeremy, o cão “extremamente inteligente e disposto a trabalhar por guloseimas”, desenvolveu a capacidade de responder a comandos como “senta”, “espera”, “toca” e “dá a pata”.
Os sinais dados pelo patudo mostravam uma adaptação total ao abrigo. Jer-Bear, alcunha carinhosa pela qual é tratado, é adorado por todos. “Jeremy é muito amigável com todas as pessoas e não tem problemas em interagir com estranhos. Ele tem muitos tratadores no abrigo e é considerado um dos favoritos dos voluntários. Nós adoramos o Jer-Bear”, contou um porta-voz do canil.
Se até aqui tudo parecia bem, quase 500 dias depois, o mix de Pitbull parece estar a rejeitar a vida no canil. A situação difícil do patudo foi partilhada num perfil na rede social Instagram, criado com o objetivo de dar a conhecer 8 cães do abrigo que continuam, muito tempo depois da sua chegada, à procura de um lar.
No vídeo, com a legenda “as manchas de pêlo perdido dizem que ele está farto“, Jeremy aparece bastante abatido. “Ele está no abrigo há mais de um ano e essa realidade está a começar a ter um impacto negativo nele. Está a debater-se com o facto de estar na box durante horas e horas. Muitas vezes parece cansado e stressado e anda de um lado para o outro na sua box”, disse o porta-voz.
Para os representantes do canil, a perda de pêlo e a pele irritada do mix de Pitbull são os “efeitos de uma vida prolongada num abrigo” e a demora na adoção do patudo pode dever-se às suas características. “Pensamos que o Jeremy não foi adotado porque precisa de ser um animal de estimação a solo, pelo seu tamanho e, infelizmente, pela sua cor”, afirmaram. “Um pitbull grande e preto é, por vezes, uma opção difícil”.
Infelizmente, o perfil de Jeremy está entre o dos cães que esperam durante mais tempo por uma adoção. No entanto, o abrigo continua à procura de uma família para o patudo e apela a que as pessoas “não julguem o livro pela capa“.
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