Oyen esteve perto de viver o impossível mas não resistiu. O gato resgatado de uma queda de um avião ligeiro próximo do bairro de Elmina, no centro da Malásia, morreu no passado domingo, 27 de agosto. A data marcava o décimo dia do seu resgate, a 17 de agosto, quando a aeronave se despenhou numa auto-estrada e provocou a morte das oito pessoas a bordo e de duas em terra.
“Lamento informar que Oyen Elmina partiu”, escreveu o médico veterinário Zul Erwan Azmi no Facebook. “Ele testou positivo para FIV — a SIDA dos gatos —, o que afetou o seu sistema imunológico”. A doença sem cura é caracterizada pela deficiência imunológica, que permite que bactérias, parasitas e fungos possam causar doenças graves nos felinos e dificultar o seu tratamento.
O gato havia sido encontrado próximo ao local da queda com ferimentos graves na coluna. Oyen foi resgatado pelos enfermeiros que o ofereceram os primeiros socorros e, em seguida, foi levado numa ambulância até o Centro Veterinário de Zul Erwan, no Estado de Selangor. “Ele ficou cada vez mais fraco apesar de ter recebido os melhores tratamentos, não sobreviveu”, acrescentou o veterinário.
Acredita-se que o gato vadio tenha sido atingido pelos destroços da aeronave que lhe causaram um corte de 15 centímetros no corpo. Os ferimentos fizeram com que a infeção que sofria “se espalhasse mais rapidamente” e por causa do diagnóstico da FIV, o sistema imunológico não respondeu aos tratamentos.
A história do felino tornou-se viral e várias pessoas começaram a acompanhá-la nas redes sociais a apoiar a sua recuperação. Na passada semana, Oyen até recebeu a visita de um dos enfermeiros que o salvou.
“Obrigada Dr. Zul Erwan e toda a equipa por lhe ter dado uma oportunidade”, agradeceu um dos seguidores da clínica. “Tenho a certeza de que Oyen se sentiu amado antes de partir”, acrescentou outro.
O avião havia descolado da ilha de Langkawi, no norte do país, e iria aterrar no aeroporto de Subang. Poucos minutos antes de chegar ao destino, a aeronova desviou-se da rota de voo e despenhou-se na auto-estrada. Segundo Norazman Mahmud, chefe da autoridade da aviação civil, não foi efetuado qualquer pedido de socorro antes da queda.
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