Simba, o cão-bebé que parou o País quando teve a sua história partilhada pela PiT, não resistiu. A notícia foi avançada esta segunda-feira, 5 de agosto, pela tutora, Marta Cortez, numa publicação no Instagram do patudo. O cão está a ser homenageado por dezenas de pessoas que acompanharam a sua incansável luta até ao fim.
“Ontem o coração do Simba não aguentou e, desta vez, não conseguiu vencer esta batalha. Morreu nos meus braços”, lamentou Marta. “Estávamos confiantes que conseguiríamos vencer, como tantas outras, esta batalha. Mas não vencemos.Sabemos que fizemos de tudo para dar ao Simba os melhores cuidados e tratamentos. O Simba foi muito feliz, disso temos plena certeza”.
O cão tinha pouco mais de um ano e já tido algumas recaídas. No entanto, conseguia sempre superá-las. Na passada semana, a família teve de levar o companheiro até uma clínica veterinária, após Simba apresentar dificuldades respiratórias e pouco apetite. Quando deu entrada no hospital, foi submetido a um raio-x e o resultado não foi bom — tinha os “pulmões minados” e a veterinária suspeitou que se tratasse de metástases.
No dia seguinte, Simba voltou a fazer uma nova radiografia, depois de ter recebido medicação. Porém, a situação continuou igual. “Neste momento, estou com cuidados paliativos, mas continuo a lutar”, lia-se numa publicação feita no fim de semana. “Talvez não vença esta batalha, mas junto com os meus tutores estamos a tentar”.
Marta, o marido e o “mano” de Simba, o Labrador Ringo, fizeram o impossível para ajudar o companheiro a superar todos os desafios. Mesmo com todas as dificuldades, deram a melhor vida que o cão poderia ter tido e Simba foi feliz até o seu último segundo.
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Simba lutou durante quase dois anos
A história do cão remonta ao início de 2023, quando a família decidiu adotá-lo. Em maio do mesmo ano, preocupada com a saúde do companheiro, que começou a arrastar uma das patas de um momento para o outro, Marta levou-o a uma clínica veterinária em Azeitão, onde após vários exames, o pior foi confirmado: Simba sofria de um tumor na medula.
Na altura, foi informada pelos veterinários que o tumor não podia ser operado e a quimioterapia “estava fora de questão”. “Eles disseram-nos para fazer fisioterapia de reabilitação para ver se ele não perdia a sensibilidade que tinha nos membros. Embora não os mexa, ainda tem uma sensibilidade” explicou-nos. Com esperanças de o salvar, deu início ao tratamento que consistia em “dois blocos de 15 dias”. Até que descobriu, meses depois, que não foi a escolha certa.
Depois de gastarem tudo o que tinham, Marta e o marido tiveram de interromper os cuidados. Houve um dia em que tudo mudou quando o casal o levou a um novo veterinário próximo da casa onde vive. Lá, foi questionado pelo médico sobre a sua paralisia.
“Ele perguntou-nos o que tinha sido feito até agora e se havíamos feitos biópsia e análises e dissemos que não”, contou, acrescentado que o único exame a que o Samba havia sido submetido, até então, foi a TAC (Tomografia Axial Computorizada). O médico “achou estranho” e explicou à família que em casos como estes, era comum serem feitas análises “para ver se havia algo mau” e depois, uma biópsia “para saber o tipo de tumor”. Por fim, saberia com que tratamento prosseguir.
Depois da consulta, Marta foi aconselhada procurar um oncologista de animais e foi isso que fez. A 10 de agosto, recebeu um novo diagnóstico: Simba, afinal, podia ser operado. Desde então, tem feito o que consegue para ajudá-lo, ao mesmo tempo que tenta lutar pela justiça.
A família estava a contar com a ajuda de um advogado e no início deste ano, partilhou-nos que pretendia formalizar uma queixa na Ordem dos Veterinários contra a primeira clínica, que não terá sido “assertiva” no tratamento que o Simba precisava, tendo “atrasado e prejudicado” a sua recuperação.
De seguida, carregue na galeria para ver algumas fotografias do guerreiro de quatro patas.
