Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá… Billy. Tem dois anos e meio, raça indefinida e adora música. Por isso, recebeu um convite da Orquestra Metropolitana de Vancouver para assistir ao primeiro ensaio da temporada, no passado dia 4.
Vestido com um “fato” à altura da ocasião, Billy só precisou de uma almofada. O resto foi, literalmente, música para os seus ouvidos. Ao som da 4.ª Sinfonia de Schumann, o patudo fechou os olhos e, com todo o respeito que a música clássica merece, manteve-se quieto, a apreciar o momento.
A postura do patudo, que se tinha mostrado muito sociável com os músicos, surpreendeu o maestro: “Levantava a cabeça quando ouvia uma cor – algo importante na música – e baixava-a de novo quando a música era suave”, contou Ken Hsieh. “É uma atitude realmente rica e ativa e é o que eu gostaria que o meu público fizesse. Ou seja, passar por esse mesmo estado emocional.”
Billy é um apaixonado por música clássica e demonstrou ter um ouvido apurado para as harmonias tocadas pelos seus tutores – um casal de músicos – pouco tempo depois de ter sido adotado numa quinta de salvamento.
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Lucian Barz tem 33 anos e é violinista e violista. Teresa Bowes, de 27 anos, é pianista. Quando decidiram adotar Billy e levá-lo para o Canadá, estavam longe de saber que o cãozinho adora música clássica. “Mas não fiquei surpreendido”, afirmou Barz. “Ouvimos muitas coisas sobre animais que gostam de música. Eu cresci numa quinta e pegava no meu violino e tocava para as vacas”.
Não é todos os dias que vemos uma relação tão próxima entre um animal e a música. Para Barz, esta ligação não podia ser mais inspiradora. “É sobretudo um alimento para a alma, ver a pureza de um animal a apreciar a música. É um lembrete de que a música é a linguagem universal.”
A paixão de Billy não tocou apenas o seu tutor. Esther Hwang (29 anos), violinista principal da orquestra de Vancouver, já havia atuado para o patudo, simulando um concerto ao vivo. Na altura, a reação do cão emocionou-a. “Fiquei definitivamente comovida quando atuei para ele pela primeira vez e ele estava super calmo e apenas a ouvir com os olhos fechados”, revelou.
Movidos pelo gosto do canídeo, os internautas começaram a manifestar o desejo de o ver experimentar um espetáculo maior, ao vivo. Foi nessa altura que Esther teve a ideia de o convidar para assistir ao ensaio da Orquestra Metropolitana de Vancouver.
Para a violinista, a história deste cão está a ter um enorme impacto. “O Billy está a trazer um novo público para a música clássica, que é mais ou menos o que a indústria precisa”, disse Hwang. “A música clássica pode ser um nicho muito específico, mas o Billy está a convidar novos ouvintes e isso é muito comovente.”
De seguida, carregue na galeria para descobrir mais acerca de Billy.