Animais

O treino dos cães polícia em Portugal tem reconhecimento internacional

A polícia dos Países Baixos está em Portugal para um exercício conjunto de treino de cães polícia entre as duas forças.
Os cães estão a ser treinados numa iniciativa conjunta.

Portugal lidera o treino de cães polícia e são cada vez mais as equipas internacionais de segurança que vêm ao nosso país para aprender as técnicas usadas pelos nossos especialistas. É o caso da Polícia dos Países Baixos, que está em Portugal até sexta-feira, dia 22, para treinar os seus cães, numa iniciativa conjuntas com a PSP, que desde 1939 aproveita a competência dos canídeos para assegurar a sua missão.

O foco do treino é a detecção de engenhos explosivos utilizados durante ataques terroristas. A preparação dos cães está a ser realizada entre o Grupo Operacional Cinotécnico da Unidade Especial de Polícia (UEP) e a Polícia dos Países Baixos, desde o dia 4 de novembro. 

O treino conta com cerca de 20 polícias holandeses, que estão a treinar os patudos juntamente com os “binómios cinotécnicos” portugueses, ou seja as duplas formadas por um militar e um cão patrulha. 

Marcel Timmerman, instrutor na área de detecção de explosivos da polícia dos Países Baixos, e que está em Portugal pela segunda vez para treinar os cães patrulha com a PSP, explicou à RTP que “a polícia portuguesa usa uma maior variedade de odores que a polícia neerlandesa não tem“, justificando assim o interesse em treinar os cães em Portugal, para que tenham uma maior preparação.

O treino conjunto dos cães patrulha é também um exercício de cooperação entre as forças de segurança dos países, ressalta Timmerman.“Escolhemos não só os portugueses, mas também outros países para treinarmos juntos e melhorar. Mas, neste caso, a polícia neerlandesa escolheu a portuguesa pela maior quantidade de odores e preparação”, afirmou.

Ângelo Araújo, comandante do Grupo Operacional Cinotécnico (GOC), esclareceu a importância da cooperação entre países para os treinos dos canídeos, no sentido de assegurar que estas forças estão “mais bem preparadas para as ameaças terroristas que têm acontecido nos últimos anos”.

O oficial da PSP destacou o reconhecimento internacional da preparação dos cães da polícia portuguesa, explicando que, desde os ataques de 2016 em Bruxelas, vários países abordaram a força policial de Portugal para estabelecerem parcerias. Ângelo Araújo ressalta o papel do Centro de Inativação de Explosivos e Segurança em Subsolo nos treinos que potenciam este reconhecimento. “Temos a sorte e o profissionalismo dos nossos colegas do Centro de Inativação de Explosivos e Segurança em Subsolo que, por força do conhecimento e do `know how`, têm conseguido reproduzir algumas destas ameaças. Temos a sorte de eles estarem connosco diariamente e prepararem-nos para ficarmos mais aptos à nossa missão”.

Ainda de acordo com a RTP, a estação de comboios de Campolide, em Lisboa, foi um local utilizado para os treinos, no qual os profissionais tentaram “reproduzir um cenário real”, que passou por “rastrear” um comboio com as substâncias explosivas, com o objetivo de serem localizados pelos binómios cinotécnicos. Ângelo Araújo frisou que este “é um trabalho que só se aprende no terreno”. “Não basta ler um livro, não basta falarmos. É preciso estarmos no terreno”, concluiu. 

Percorra a galeria para conhecer as raças de cães mais comuns de cães polícia e as suas características. 

 

 

 

ÚLTIMOS ARTIGOS DA PiT