A espera chegou ao fim para Pantera e Pandora — pelo menos por enquanto. A dupla de cães que corria o risco de ser abandonada após perder o único lar que conhecia — as instalações da empresa Tubos Vouga em Trajouce, na fronteira entre os concelhos de Sintra e Cascais — foi acolhida pelo Núcleo de Apoio a Animais Abandonados de Sintra (NAAAS), uma associação na freguesia de Algueirão-Mem Martins.
À PiT, Anabela Coelho, diretora do NAAAS, explica que conheceu a história após receber um pedido de ajuda para acolher os dois animais. “Eles foram vacinados antes de virem para cá, inclusive contra a tosse do canil, que nós pedimos”, partilha. “Ele está castrado e ela não está esterilizada, mas estão saudáveis”.
Pantera e Pandora estão a receber todo o cuidado e conforto de que precisam, desde passeios diários até alimentação. E até a data, o seu futuro ainda está a ser decidido.
A diretora conta-nos que a associação ainda não teve a oportunidade de conversar com Ivo, o antigo segurança da Tubos Vouga e responsável pelo cães, para saber se os animais ficarão sob os cuidados do abrigo ou serão colocados para adoção. Também ele ficou sem lar com a mudança das instalações da empresa, tendo ido viver com a mãe, que tem outros animais e não consegue acolher mais dois.
Seja qual for a decisão tomada, uma coisa é certa: Pantera e Pandora já não correm risco de abandono e têm tudo o que precisam. O NAAAS, que tem um protocolo com o Canil Municipal de Sintra, tem disponível uma verba anual de 1.500€ oferecida pela empresa para cobrir os custos dos dois cães.
Uma corrida contra ao tempo
Oscar Coutinho, um dos funcionários da empresa, e a mulher, Margarida, foram os responsáveis por mudar a vida dos patudos que tinham até final de dezembro para encontrarem um novo lar. O casal temia que Pandora e Pantera acabassem sozinhos e fizeram o possível para ajudá-los.
“Ambos os cães cresceram juntos, livres pelo recinto, mas ciosos do seu espaço, pelo que são extremamente sociáveis com pessoas, mas não estão habituados à companhia de outros animais”, contou à PiT Oscar numa entrevista passada. “A família ideal seria alguém que tivesse um espaço exterior para eles, mas que lhes pudesse dispensar tempo e companhia, como estão habituados.”
Quando conseguiram entrar em contacto com o NAAAS e levaram os dois cães até o novo lar, a emoção foi grande. “Foi um verdadeiro milagre conseguido em tão curto espaço de tempo”, garante Margarida, que não deixou de agradecer a ajuda da associação.
O NAAAS existe há 20 anos e acolhe atualmente 180 cães. Conta com a ajuda de funcionários, voluntários e padrinhos que ajudam nos seus cuidados diários. Pode apoiá-los através do IBAN (PT50 0033 0000 45378776778 05), MbWay (964777425) e PayPal. Pode também doar bens diretamente na associação, mas é necessário agendar um horário para a visita através do Facebook ou Instagram.
De seguida, carregue na galeria para recordar a história de Pantera e Pandora.