Animais

Peggy foi eleita uma das cadelas “mais feias do mundo”. E ganhou um dia de spa

A cadela foi a última a ser adotada quando bebé e hoje, está a ganhar fama. Falámos com a tutora para conhecer a sua história.
Peggy tem cinco anos.

Peggy não é a mais feia do mundo. Este título ainda pertence a Mr. Happy Face, o mix de Chihuahua com Cão-de-crista-chinês que ganhou a competição mundial de cão mais feio em 2022, nos Estados Unidos. Mas a cadela está quase lá. Há cerca de uma semana, ganhou o prémio de cão mais feio do Reino Unido. E partilha uma raça com Mr. Happy Face: acredita-se que a patuda seja um mix de Pug com Cão-de-crista-chinês.

“Para ser sincera, não acho que ela seja feia. Acho o rosto dela muito fofo”, começa por contar à PiT Holly Middleton, a tutora de Peggy. “Mas também sei que ela não é uma cadela comum e as pessoas riem e fazem comentários, mas sempre de uma forma bem-humorada. Sabemos que ela não é para toda a gente, mas não me ofendo com isso”.

A empresária de 36 anos conta-nos que adotou Peggy em 2018, quando a cadela tinha cerca de seis meses. “Fomos à procura em abrigos locais mas não encontrámos um cão adequado para a idade dos nossos filhos. Então, começamos a procurar online”, partilha. “Não nos propusemos a encontrar um cão de aparência incomum, apenas sabíamos que queríamos um filhote para crescer ao lado deles”.

Na altura Peggy estava para adoção como a última cria de uma ninhada acidental. “Apaixonamo-nos por ela no momento em que a vimos”, recorda. Desde então, a cadela tem vivido em East Yorkshire, em Inglaterra, com a nova família. E este ano, tornou-se numa pequena celebridade ao ganhar a competição organizada pela Parrot Print, uma empresa de fotografia e design, que visava eleger o cão mais feio do país.

Apesar de não achar Peggy feia, a tutora tem a consciência que a patuda não é uma cadela comum. E graças à isso, foi encorajada pela família e pelos amigos a participar do concurso. “Quando enviei a fotografia, não imaginava que ela ganharia. Foi só quando ela foi anunciada como finalista que realmente percebi que isso era uma possibilidade”, realça.

Peggy foi uma dos sete finalistas da competição e venceu os companheiros Marnie, Winston, Jazz, Bella, Roger e Milo, todos com aparências únicas. No entanto, para a Parrot Print, a cadela era a grande vencedora desde o início. “Apesar de termos tido alguns participantes fortes, os nossos juízes nunca tiveram dúvidas sobre quem merecia ganhar o título”, referiu em comunicado.

A empresa partilha que desde que Peggy foi anunciada como concorrente, vários media entraram em contacto para a conhecer e entrevistar Holly. A dupla até chegou a ir em programas de televisão como o “BBC Breakfast” antes mesmo da cadela ter sido anunciada como vencedora. E quando o título foi entregue, a sua fama aumentou.

Peggy ganhou um dia de spa e segundo a tutora, não escondeu a alegria. “Ela simplesmente amou todos os mimos”, frisa. “A pouca quantidade de pelo que ela tem ficou macio e ela tinha um cheiro incrível. Ela também foi presenteada com alguns sweaters e casacos novos para quando formos passear. Nesta altura do ano ela tem de os usar já que não tem tanto pelo”, explica. 

“Quero encorajar as pessoas a não ignorarem os animais esteticamente não tão agradáveis”

Os cães são todos lindos, é verdade. Mas há alguns que chamam mais atenção do que outros. E antes da competição, quando Holly Middleton passeava com Peggy, eram muitos os olhares que a patuda recebia. “Muitas pessoas costumavam olhar para ela e sussurrar umas para as outras. Também riam-se ou comportarem-se como se achassem que havia algo de errado com ela”, conta à PiT.

Desde a competição, porém, a tutora diz que este comportamento mudou. “Com ela a aparecer na TV e nas redes sociais, as pessoas agora vêm acariciá-la e tirar fotos. Sinto que isto tudo teve um efeito muito positivo”. E com o sucesso da companheira de quatro patas, Holly também espera que mais pessoas adotem animais com aparências incomuns.

“Quero encorajar as pessoas a não ignorarem os animais que talvez não sejam tão esteticamente agradáveis”, diz à PiT. “Sinto que isso é o que provavelmente aconteceu com a Peggy e com o facto dela não ter encontrado um lar até os seis meses. As pessoas olham para ela e pensam que ela deve ter problemas de saúde ou deve precisar de cuidados extras por não ter pelo. Mas ela não é diferente de qualquer outro cão. É muito feliz e muito saudável”. 

Entre as atividades favoritas de Peggy, está correr na praia e no campo. “Mas comer e dormir são definitivamente os seus hobbies favoritos”, brinca. “Ela adora quando a temperatura está mais quente para poder apanhar sol”, acrescenta. Nos dias de verão, Holly coloca protetor solar para proteger a pele da patuda. “Ela adora ser amada e abraçada. Durante a noite, sempre foge para a cama dos miúdos para se aconchegar sob as mantas”, acrescenta.

Além de ser o “complemento perfeito para a família”, Holly partilha que Peggy adora fazer novos amigos. “Ela ama todas as pessoas que conhece e sentimo-nos extremamente sortudos por tê-la”, sublinha.

No futuro, a Parrot Print espera fazer um novo concurso. Desta vez, com animais de todo o mundo. A empresa diz que espera ver Peggy a competir com patudos internacionais em breve.

Carregue na galeria para conhecer Peggy, a cadela mais feia do Reino Unido. Pode também acompanhar as aventuras da patuda no Instagram.

ver galeria

ÚLTIMOS ARTIGOS DA PiT