Animais

Pingu — a nova associação que ajuda os gatos (e vários estão para adoção)

O projeto foi fundado por um casal, e funciona em Guimarães. Tem 14 gatos num abrigo que ainda está a ser finalizado.
Estão para adoção.

Quando o pequeno gato Pingu foi adotado por Jonathan Kirkam, nenhum dos dois imaginou que o seu nome serviria de inspiração à organização de apoio a animais que o tutor acabou por criar, mas assim foi. Em conjunto com a companheira Sara Lemos, criaram o projeto de resgate e reabilitação, que na passada quinta-feira, 24 de abril, alcançou oficialmente o estatuto de associação.

Sara, de 40 anos, a conta à PiT que conheceu o companheiro depois de se mudar para Inglaterra para trabalhar. Há quatro anos, durante uma estadia de ambos em Portugal para passar férias, revela que o parceiro de 43 anos foi confrontado com a realidade do abandono de animais no nosso País, que contrastou com a sua experiência no Reino Unido, onde, “apesar de haver muitos abrigos, não há animais na rua”. 

Natural de Guimarães, onde agora vive, a fundadora adianta que a causa animal sempre fez parte da sua vida. Além de ter crescido com animais de estimação, tinha também sido FAT (família de acolhimento temporário), e tinha alimentado gatos de rua com o apoio de uma associação.

O casal não ficou indiferente à realidade, e decidiu estabelecer-se em Portugal definitivamente, e começar o projeto para ajudar os patudos na Póvoa de Lanhoso.

“Há cerca de dois anos, o Jonathan juntou dinheiro e comprou um terreno, onde já existia um pequeno barracão, que convertemos num abrigo e começámos a acolher gatos”, explica Sara. Além disso, o inglês está ainda em processo de venda dos seus bens, para que possam investir no projeto.

A iniciativa implicou reuniões com a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, e com o centro de recolha animal da zona, que apoiaram a decisão. 

O propósito é “ajudar os gatinhos e as pessoas, e sensibilizar a população”. Conta que, para já, “o processo tem corrido bem”, e que têm conseguido cumprir o objetivo, através de ajudas na captura, na reabilitação, e até com esterilizações.

Por agora, dedicam-se apenas aos gatos, tendo 14 a seu cuidado. Sara admite a vontade de ajudar também cães no futuro, mas esclarece que ambos têm mais experiência com felinos, e que a logística de os manter é mais fácil, sobretudo devido ao espaço que requerem.

O nome foi escolhido como homenagem ao gato do fundador, de três anos, que se tornou na mascote da associação, e que também não teve um começo de vida fácil. “Uma semana depois de o irmos buscar, quando ainda era bebé, ficou muito doente sem sabermos exatamente o que tinha. Esteve internado e quase não sobreviveu”, explica Sara. Com o pelo preto e branco, foi assim que Jonathan batizou o patudo, por achar que se parecia com um pinguim. 

Carregue na galeria para conhecer alguns dos gatos ao abrigo da Pingu, e o seu abrigo.

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