Animais

Ponga, a cadela que odiava água e agora faz surf na praia da Parede

Estava numa loja para ser adotada e foi parar a casa de uma adepta de desportos aquáticos. Agora, Ponga adora o mar.

Há qualquer coisa como 11 anos, havia uma ninhada de cachorros numa loja de venda de animais. Os tutores da cadela que tinha dado à luz não quiseram registar os recém-nascidos, optando por os dar para adoção. Colocaram apenas uma condição: que os donos dos bebés cumprissem com “tudo aquilo que implica o bem-estar” deles. Entre esses cachorros estava Ponga, uma cadelinha foi parar a casa e à vida de Carla.

É a “tia” quem conta a história à PiT. “Foi o meu cunhado que a ofereceu à minha irmã. É a minha sobrinha”, brinca Fernanda. Estas irmãs, já na casa dos 50 anos, são adeptas de desportos aquáticos e não tardaram a levar o novo animal de estimação da família para a praia. Qual não foi a surpresa quando o animal mostrou, desde logo, ter “imenso medo de água”.

Carla e Fernanda não desistiram. Praticantes de surf e de stand up paddle, sabiam que Ponga poderia estar junto ao mar com frequência e aí correr e brincar livremente. Seria um privilégio ao alcance de poucos. Insistiram. “Um dia, ela lá se convenceu” e nasceu a “cadela surfista”. “Começamos a andar com ela na prancha. Habituou-se de tal forma que, quando via uma, atirava-se logo para cima”.

Assim continua. Seja inverno ou verão, não há nada que deixe esta Pointer inglesa mais feliz do que ir até ao mar. Numa prancha de surf ou de stand up paddle. “Agora, vê uma prancha qualquer, seja de quem for, e lá vai ela. Quando está na praia parece que ainda tem cinco meses, tal é satisfação, mas claro que o facto de já ter perto de dez anos faz com que, ao fim do dia, esteja completamente derreada. Mas feliz”, frisa. “Houve um dia em que eu fiz uma onda maior, desequilibrei-me e cai. A Ponga estava comigo e continuou em cima da prancha”, ri-se Fernanda.

Carla e Fernanda vão continuar a levar Ponga para o mar. É comum vê-las na praia da Parede, em Cascais, concelho onde vivem. “O problema maior é sempre no verão. Nesta época, quando os cães não são permitidos no areal, ela fica deprimida”, lamenta a “tia”.

Carregue na galeria e veja Ponga em ação.

ÚLTIMOS ARTIGOS DA PiT