“Uma cadela sem os olhos e um miúdo com muitos sonhos”. É assim que o tutor de Puddin, Cory Gonzales, descreve a relação com a companheira de cinco anos que, com seis semanas de vida, foi resgatada de um situação de negligência. Hoje, a cadela tem a vida dos sonhos mas até a conseguir, teve um longo caminho de recuperação.
“Ela é corajosa e adora receber abraços”, começa por contar Cory à PiT. “Tem muita determinação e acho que deve ser o escorpião nela”, brinca, mencionando que Puddin nasceu em outubro e tem escorpião como signo. A patuda nasceu no Estado do Texas, nos Estados Unidos, e os então donos não quiseram saber dela. Na altura, a SPCA Texas, uma associação de resgate animal, lutou para conseguir a sua adoção, mas não foi fácil.
Embora não se importasse com a patuda, que sofria de uma infeção nos olhos, os responsáveis não queriam entregá-la. Ainda assim, a SPCA não desistiu e resolveu levá-los a tribunal. A audiência, porém, demorou “mais do que esperavam” e quando a associação finalmente ganhou, Puddin já estava num estado lamentável.
“Ela foi vítima de abusos”, partilha Cory, acrescentando que já no abrigo, a pequena foi vista por um médico veterinário que os informou que por causa da infeção, ficaria cega e já que os olhos lhe causavam uma dor imensa, tinham de ser removidos. Por ainda ser bebé, a adaptação não foi difícil e aos quatro meses, Puddin foi para casa com Cory. Hoje, são inseparáveis.
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Apesar de ser saudável e não precisar de cuidados extras, quando chegou ao novo lar, conta-nos o tutor, a cadela foi submetida a alguns treinos de comportamento para aprender, por exemplo, a fazer as necessidades no sítio certo. E hoje em dia, visto que é completamente cega, os tutores ajudam-na a ter noção do espaço. “Nós narramos muitas coisas na sua vida de forma a ‘avisa-la’ o que vai acontecer”, explica.
A cadela não deixa a deficiência impedi-la de ser feliz e todos os dias, adora ir em passeios e brincar ao busca. “Ela tenta comer cocó de patos, mas o papá não deixa”, brinca Cory. Para o tutor, a parte mais adorável na companheira é o seu maxilar. “Não sei explicar, mas adoro a sua forma”, diz. Na patuda, o membro é ligeiramente mais para frente do que em outros cães, o que a dá uma aparência adorável.
Este ano, Puddin comemora seis anos e tem muito o que celebrar. Já Cory, apesar das dificuldades, também. “Embora adotar um cão com necessidades especiais seja exaustivo, sinto-me muito honrado e abençoado por ter esse anjinho na minha vida”, frisa. “Ela traz mesmo muita alegria para o meu dia a dia”, sublinha.
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