Animais

Regressaram ao abrigo 5 anos após a adoção. Pongo é o “grande apoio” da mãe Amália

A mãe e o filho encontraram um lar, mas sofreram negligência. As voluntárias têm esperanças que encontrem uma nova família.
Quem os acolhe?

Desde que nasceu, Pongo nunca mais saiu do lado de Amália. Em agosto de 2020, a mamã e os seus dois filhos — Pongo e Mr. Brown — foram retirados das ruas de Sines, no Alentejo, e acolhidos pela Associação São Francisco de Assis (AFA). O final feliz (ou, pelo menos, aquilo que se pensava que era) chegou pouco depois, quando todos foram adotados.

“O Mr. Brown foi logo adoptado e seguiu para a Alemanha”, recorda à PiT Rita Ramos, voluntária da associação em Santiago do Cacém. “Em dezembro desse mesmo ano, chegou também a vez da Amália e do Pongo irem juntos para uma casa.”

Os anos foram passando até que, há poucos meses, a associação descobriu que Amália e Pongo não estavam a receber os cuidados de que necessitavam. “Infelizmente, viviam em situação de negligência, sempre na rua, com abrigos sem condições e por vezes com falta de alimentos”, lamenta. “Fomos buscá-los e vivem novamente na associação.”

Depois de vários anos juntos, Pongo continua a ser “o grande apoio” da mãe. E apesar dos voluntários terem a consciência que uma adoção conjunta não é fácil (sobretudo pela idade de Amália),  têm esperanças que a dupla encontre uma família que não lhe vá deixar para trás.

“A Amália tem um desgaste físico muito grande, não parece ouvir nem ver bem”, aponta. “Deve ter passado muito frio, fome e necessidades básicas. Tentamos agora dar-lhe condições que lhe faltaram durante toda a vida: abrigos com mantas quentes, comida suficiente, água limpa todos os dias, amor, muito carinho e passeios sempre que possível.”

A mamã tem mais de 12 anos e o filho, cerca de oito. “Depois de tudo o que passou, merecia agora encontrar uma família que lhe desse um bom lar para viver confortável a sua velhice, se possível acompanhada pelo filho que é um grande apoio para ela.”

A voluntária acrescenta que Amélia não tem tanta facilidade de relacionar com outros cães a não ser o filho. A família ideal seria uma “calma, com muito amor e carinho para lhe dar e que pudesse aceitar uma adoção conjunta para que pudessem manter a relação de amizade e apoio que os uniu durante estes anos todos”.

“Era importante que ela fosse para um lar onde pudesse dormir quentinha à noite, sem ser ao relento, que pudesse ter acesso ao conforto de uma casa. Pois na sua adoção, que não correu bem, ela estava sempre na rua ao frio”, lamenta.

Caso tenha interesse na sua adoção, pode entrar em contacto com a AFA através do Instagram ou Facebook. Os donativos podem ser feitos através do MbWay (962859402).

De seguida carregue na galeria para conhecer a dupla.-

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