Ainda que as histórias destes patudos tenham começado num tom difícil, marcado pela indiferença dos tutores, a vontade de ajudar e de transformar as suas vidas ganhou. Graças à equipa do IRA e a quem denunciou a situação, foi feita a diferença, e os dois cães encontrados acorrentados em Loures no passado dia 10 de novembro encontraram uma família.

Foram encontrados juntos e assim permanecem. O cão mais velho é agora Simão e a pequenina, de 3 meses, é Vitória. Os adotantes decidiram acolhê-los aos dois.

Como a PiT já lhe contou, quando foram encontrados, Simão foi descrito pelo IRA como estando “esquelético”, num estado de “magreza extrema”. O patudo pertence a uma raça “bastante utilizada para a caça”, pelo que o resgate foi marcado por um apelo da organização para que tentassem ser encontrados possíveis tutores do cão, no sentido de descartar a possibilidade de que tivesse sido roubado. “Por se tratar de uma raça bastante utilizada para a caça e com enorme recorrência de roubos aos seus legítimos detentores, pedimos que partilhem para despiste de animal roubado”, escreveram no Facebook.

Vitória foi alvo de atenção sobretudo graças ao tamanho da corrente que a prendia, que a organização afirmou ter cerca de 30 centímetros. Na publicação, adiantaram ter recebido a informação de que a cadela estaria naquela situação há poucos dias, e que teria chegado com a intenção de ser utilizada para “reprodução ilegal”. 

Quando encontraram os animais, a equipa do IRA explicou que o seu detentor foi contactado no sentido de ser identificado, e que recusou deslocar-se ao local “afirmando que estaria a “vender numa feira””. Foi apresentada uma queixa-crime por abandono de animal de companhia, pelo que a GNR foi chamada ao local. 

Percorra a galeria para recordar o caso de Simão e Vitória, e para conhecer os manos na sua nova casa.