Animais

Sirius sobreviveu à esgana, mas vai ficar sem lar. Tem um mês para encontrar um novo

A casa onde está foi vendida e não há outro lugar para ficar. O cão está em Coimbra, mas há possibilidade de transporte.
Tem quatro anos.

Sirius viu o mano ser adotado, a mãe morrer já velhota e a irmã perder a vida após contrair o vírus da esgana, frequentemente fatal. Por sorte, o cão que tem o nome de uma estrela e os olhos de mel conseguiu resistir aos tratamentos e sobreviver para contar a sua história. Mas passado quatro anos, ainda espera por um lar onde possa ser livre. 

A história do patudo remonta a pandemia de Covid-19, quando a sua mãe, Lyra, fugiu da casa onde vivia com os tutores em Coimbra. Devido às limitações da altura, Vanessa Cabral conta-nos que não tiveram sorte na sua busca. “Não havia sequer ninguém na rua para perguntar se tinha sido avistada”, recorda à PiT. Mas quis o destino que a patuda retornasse. 

Dois meses mais tarde, Lyra voltou ao lar grávida de três bebés — e Sirius era um deles. Os donos da cadela encontraram um lar para um deles, mas não tiveram sorte com os outros dois. Sirius e a irmã Vega permanecerem no quintal da casa, à espera de encontrarem alguém que os pudesse acolher.

Os dois manos foram sempre bem tratados por Vanessa, mas apesar de terem nomes de estrelas, o universo não lhes foi muito favorável. O bairro onde viviam foi atingido por um surto de esgana e Lyra foi a única que escapou. Os dois irmãos, que na altura tinham apenas quatro meses, foram acompanhados por um veterinário, receberam soro e medicação endovenosa, mas a fêmea acabou por não sobreviver. 

O macho, por sua vez, ficou com sequelas — não a nível motor, mas sim a nível cognitivo. “Ele não aprende e não compreende o que se lhe diz. Bloqueia ou foge quando lhe falamos um pouco mais alto, quando se assusta corre a direito, sem olhar ao que se lhe depara à frente, passa por cima de tudo”, explica.

O patudo, hoje com quatro anos,  será para sempre um “bebé grande”. “É um menino asseado, que sabe comer e beber sozinho, mas que de resto perdeu completamente as capacidades de sobrevivência”, avança. Ainda assim, tem muito amor para dar e quer uma última oportunidade de ser feliz. 

É um amor de cão.

Há possibilidade de transporte para qualquer região do País

Se não bastasse toda a situação, o pequeno perdeu a mamã Lyra há cerca de oito meses e no fim de setembro, corre o risco de ficar sem lar. A casa onde vivia foi vendida e o novo lar da cuidadora “não reúne as condições necessárias” para que continue ao seu lado. Até fim setembro, Vanessa tem de encontrar uma solução. 

“O Sirius merece uma família que o acolha e que o acompanhe, alguém que invista esforços nele”, frisa. “O que lhe falta em termos de competências caninas básicas, ele compensa com um afeto que não é deste mundo. Só quer mimos e colo, e tem a incrível capacidade de os retribuir de uma forma que suplanta o cão comum. É o menino mais doce que alguma vez irão conhecer”. 

O cão está em Coimbra, mas Vanessa está disponível para levá-lo até Lisboa ou, em casos mais sensíveis, a qualquer outra região do País — com exceção das ilhas. Caso tenha interesse em adotá-lo, pode entrar em contacto com a responsável através do 968088982.

De seguida, carregue na galeria para apaixonar-se por Sirius.

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