Há centenas de colónias de gatos espalhadas pelo País. E apesar de dezenas de pessoas as ajudaram diariamente, uma coisa é certa: a maioria dos felinos não estão habituados ao toque e acabam por se afastar assim que veem os humanos. Mas também existem histórias de um ou outro gato que acaba por ser adotado e, com paciência, é conquistado pelos tutores. A pequena Stella espera ser um deles.
A gata pertencia a uma colónia na cidade de Maia, no distrito do Porto, quando, certo dia, foi acidentalmente resgatada. “A colónia tinha por hábito andar nos telhados de uma casa até que ela caiu num dia de tempestade”, começa por contar à PiT Alexandra Bessa, voluntária e membro da direção da CãoViver, uma associação de resgate animal.
A voluntária, que hoje é também família de acolhimento temporário (FAT) de Stella, recorda que a felina estava extremamente “assustada” após o resgate. “Ela já teria cerca de três meses e por isso já tinha hábitos de gato silvestre”, partilha.
Na altura Stella acabou por receber o nome “Storm”. Além de significar “tempestade” em inglês, as suas salvadoras acreditavam que a felina era, na verdade, um gato macho. E assim foi chamada nos últimos três meses. Foi só na passada terça-feira, 24 de janeiro, que descobriram que, afinal, Storm era fêmea.
“O ‘Storm’ foi fazer a esterilização e a veterinária deparou-se com uma menina”, diz Alexandra. A partir daí, ganhou o novo nome: Stella. Nos últimos meses, a felina esteve em acolhimento com a voluntária e chegou a ficar doente, mas logo recuperou e foi adotada. No entanto, não correu bem. “Ela não se adaptou porque a família não teve paciência para lhe dar o tempo necessário”, sublinha.
Agora, Stella está novamente à procura de um novo lar. A CãoViver recorreu à Pitmatc, a nova plataforma de adoção responsável da PiT, para a ajudar a encontrar a família perfeita. Desta vez, alguém que esteja pronto para se dedicar ao seu comportamento.
“Uma família perfeita para ela seria alguém que tivesse bastante paciência e respeitasse o seu espaço e tempo”, frisa. “E, claro, se já tivesse outro gatinho para ela poder socializar seria ainda melhor”. Segundo Alexandra, a felina “dá-se muito bem com outros gatos”.
E apesar de ainda estar a aprender a viver em casa e ter a companhia de humanos, nota-se que tem muito amor para dar. “Ela adora estar no sofá e na cama comigo. Ainda resiste ao toque, embora tolere”, partilha. A pequena só precisa de alguém disposto a conquistá-la.
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