Quando Stevi apareceu à porta da Esquadra da Polícia Militar de São Francisco do Sul, no Brasil, em 2018, os agentes tinham quase a certeza de que não iria resistir. O patudo estava “bastante magoado”, com o corpo cheio de feridas e tudo indicava que havia sido atacado por outro cão. Ainda assim, resolveram acolhê-lo. E Stevi sobreviveu para contar a sua história. Hoje, é a mascote do espaço e até recebeu um uniforme.
“Começámos a dar comida e água para ele recuperar e pedimos ajuda para o pessoal do bem-estar animal”, partilhou o comissário Vinícius Ribeiro de Andrade ao canal brasileiro NSC TV. “Passou dois dias connosco, demos-lhe comida e água e ele ficou bem, esperto e acabou por ficar”, recordou. Não demorou muito para Stevi conquistar os polícias.
Com uma energia inesgotável, o cão passa o dia solto a andar pela esquadra e embora nunca tenha sido treinado, sabe bem o que tem de fazer. Sempre que um novo polícia chega ao espaço, ladra para pedir aos outros abrirem o portão. Já quando pessoas desconhecidas entram na esquadra, também faz questão de avisar os colegas humanos.
“Ele adora a viatura. Se deixarmos aberta, ele entra e quer sair à rua”, referiu o líder. Quando os polícias saem a pé, Stevi também os acompanha e já é conhecido entre os moradores.

Já lá vão cinco anos desde que o patudo foi adotado pelas autoridades e neste tempo, tornou-se não só na sua mascote, como também na da cidade. Todos os dias, visita as suas lojas favoritas e recebe muitos mimos. “Ele vem brincar, sentar-se no sofá, deitar no tapete e fica aqui. É o nosso guardião”, contou a vendedora Viviane de Castro, acrescentando que nenhum cliente se importa com a sua presença.
Além da loja de eletrodomésticos, há duas outras obrigatórias para o cão: a pet shop e a pastelaria. Na primeira, Stevi toma banho com frequência e tem a autorização dos polícias para voltar sozinho para a esquadra. Assim que termina o dia de spa, é solto pelas funcionárias. “Ele é a mascote da rua e às vezes passeia por cá. Ele pára na porta e fica à espera de um biscoito. É muito educado”, partilhou a proprietária.
Já na pastelaria, não é difícil imaginar o que o cão procura. “Damos-lhe sempre um pedaço [de pão]”, referiu Abedenico Luiz Pedreira, um residente reformado que todos os dias toma o pequeno almoço no espaço. “Às vezes, ele até recebe um inteiro”.
Próximo da esquadra, Stevi é ainda o responsável pela segurança de uma parada de autocarro. Diariamente, faz companhia aos peões que ficam à espera do veículo e em troca, recebe muito carinho.
Carregue na galeria para conhecer Stevi, a mascote da polícia.