Nem o animal mais rápido do mundo era capaz de fazer Namíbia-Índia em 10 horas. Esse foi o tempo de voo que um avião comercial levou, na passada sexta-feira, dia 16 de setembro, de um país ao outro, transportando a bordo não só passageiros de económica e executiva, mas também animais selvagens — designadamente, oito chitas.
A deslocação dos felinos (cinco fêmeas e três machos) teve por objetivo a conservação da espécie, resultado de um protocolo celebrado entre os dois Estados a 20 de julho deste ano, uma vez que a espécie viu-se extinta na Índia desde 1952.
#Cheetah_is_back…
The world’s fastest land animal, the Cheetah, is in #India now.
The Hon’ble PMShri #NarendraModi Ji released 8 Cheetas in the #kuno_national_park #MadhyaPradesh, brought from #Namibia.The Cheetas are brought under the #Cheeta_Reintroduction Project of @moefcc. pic.twitter.com/P9A9dZjh6W— Defence Journalist Sahil (@DefenceSahil) September 17, 2022
Para assinalar a travessia, foi usado um Boeing 747-400 com o focinho de um tigre da Sibéria pintado no nariz do avião. Não obstante, a aeronave não foi pintada especialmente para esta ocasião. A pintura data a junho de 2015 e foi concretizada, em parceria com a Amur Tiger Centre, pela companhia aérea russa Transaero, que na altura era proprietária do avião em causa. Daí a escolha do tigre da Sibéria (uma das maiores regiões do território russo) para o desenho, como forma de sensibilizar para a iminente extinção deste animal.
A special bird touches down in the Land of the Brave to carry goodwill ambassadors to the Land of the Tiger.#AmritMahotsav #IndiaNamibia pic.twitter.com/vmV0ffBncO
— India In Namibia (@IndiainNamibia) September 14, 2022
Sete anos depois, o mesmo avião serviu de intermediário à salvação de outra espécie felina. Ao abrigo do programa de certificação global, estabelecido em 2018 pela Associação Internacional de Transporte Aéreo, a operação foi levada a cabo com sucesso.
Apesar da capacidade do avião, a bordo viajaram apenas um veterinário, um cientista dedicado à vida selvagem, o alto comissário indiano na Namíbia Prashant Agrawal, e a diretora executiva do Cheetah Conservation Fund Laurie Marker.
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