Bastou Yoda entrar em ação para Danilo Cavalcante ser capturado. O prisioneiro fugiu de um estabelecimento prisional no estado da Pensilvânia, Estados Unidos, a 31 de agosto após escalar uma das paredes da prisão, correr pelo telhado e escapar por uma cerca. Nos últimos dias, foi avistado várias vezes pelo Estado mas só nesta quarta-feira, 13 de setembro, foi finalmente capturado — graças a um cão.
Yoda, um Pastor Belga Malinois de quatro anos, integrava uma das duas equipas que estavam à procura do cidadão brasileiro de 34 anos. Pela manhã do dia 13, Danilo foi encontrado escondido numa floresta e o patudo foi o responsável por o prender mas não só. O detido foi abordado pelo cão, que o mordeu várias vezes, impossibilitando-o de agarrar um rifle que havia recentemente roubado.
“Quando o cão chegou até ele, ele caiu com Yoda em cima do seu corpo e ele conseguiu segurá-lo lá”, explicou o tenente-coronel George Bivens durante uma conferência de imprensa citada pela CNN. “Disseram-me que o rifle estava ao alcance do seu braço”. Segundo Robert Clark, vice-marechal supervisor dos EUA, Yoda foi “essencial” no rastreamento e busca pelo homicida bem como vários outros cães K9 que acompanharam a equipa.
Nas fotografias da captura, é possível ver o hoodie do homicida ensanguentado. Segundo as autoridades, apesar de não ter qualquer ferimento grave, Danilo tem uma “leve marca de mordida”.
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O prisioneiro foi condenado a prisão perpétua a 16 de agosto após esfaquear mortalmente a ex-namorada, Deborah Brandão, em frente aos seus dois filhos menores. Segundo as autoridades, o brasileiro é também procurado no Brasil por uma acusação de homicídio de 2017. Quando Deborah descobriu, teria ameaçado expor o ex-companheiro que não aceitava o fim do relacionamento, sendo este o motivo do seu homicídio, de acordo com documentos oficiais.
Desde 31 de agosto, as buscas mobilizaram 500 operacionais, incluindo a polícia, o FBI e o Centro para o Controlo de Armas de Fogo e Explosivos. No entanto, foi a força de segurança de fronteiras a responsável por capturar o homicida. E a família da vítima também já reagiu à captura.
“A prisão dele traz muito alívio. Afastamo-nos das notícias para ficar tranquilos, ter paz, porque estamos aflitos e adoecendo. A minha mãe passou mal. Tínhamos medo dele ter alguma uma retaliação com minha família. Tínhamos muito medo porque vocês [da imprensa] sabem do que ele é capaz”, partilhou Sílvia Brandão, irmã de Débora, ao jornal brasileiro G1.
As autoridades aproveitaram o desfecho para falar sobre a importância dos cães K9 treinados para cenários como esses. “Eles não ficam apenas a morder ou a tentar causar ferimentos adicionais. Eles agarram e tentam manter a pessoa no lugar até que os polícias cheguem”, explicou Goerge, acrescentando que os animais não devem ser soltos à distância ou sem supervisão. “Há sempre agentes por perto que possam interferir, o treinador pode também puxá-lo de imediato. A partir daí, os polícias assumem o controlo”.
Carregue na galeria para ver imagens de Yoda em ação.