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Zeca estava a ser operado quando aconteceu o apagão. E ainda não está fora de perigo

O patudo tinha uma fratura há seis semanas. Precisa de uma família que o acolha enquanto acaba de se recuperar.
Precisa de ajuda.

Durante pelo menos três semanas, Zeca percorreu as ruas da vila de Carrazeda de Ansiães, no distrito de Bragança, com uma fratura exposta, fugindo das tentativas de captura. Finalmente, a associação Aldeia Verde conseguiu ajudá-lo, levando-o ao veterinário, onde foi submetido a uma cirurgia para salvar a pata. O procedimento aconteceu na manhã do dia 28 de abril, e enquanto era realizado, a sala de operações ficou às escuras, devido ao apagão que afetou o País.

Uma das voluntárias responsáveis pelo caso do patudo conta à PiT que este terá cerca de oito meses, e vários populares tinham já dado pela sua presença, e pela ferida grave que tinha na pata dianteira direita. “Uma senhora chegou a dizer-nos que ele até dormia com o seu cão, mas que nunca deixava que as pessoas se aproximassem”, adianta.

Receberam um pedido de ajuda, e decidiram intervir para salvar o patudo. Com uma armadilha, comida, e alguma paciência, a captura foi concluída. 

Já no veterinário, foi-lhes dito que a fratura teria “pelo menos seis semanas”, tendo em conta o estado de deterioração da zona. Além disso, “o osso partido começou a rasgar a pele, e a ficar deformado”. 

Desde então que o cão tem estado internado na clínica. As duas primeiras semanas serviram para estabilizar a infeção grave e permitir que o seu corpo se fortalecesse. Na passada segunda-feira, foi finalmente operado. “Às 11 horas aconteceu o apagão, então tiveram de terminar a cirurgia com as lanternas dos telemóveis, mas felizmente a clínica estava preparada com o resto das condições de segurança”, conta a voluntária.

Apesar do sucesso do procedimento, Zeca não está livre de perigo, podendo ainda ter de amputar a pata, tendo em conta a extensão dos danos. 

A responsável pelo caso explica que a associação funciona apenas com FAT (Famílias de Acolhimento Temporário), não dispondo de um espaço físico próprio, pelo que teme não conseguir garantir ao patudo um local adequado para que possa recuperar, ou que este tenha de permanecer na clínica até ficar curado, o que “resulta em valores muito altos e difíceis de suportar”.

Além disso, mantém a esperança de que seja adotado quando sair do hospital, por ser “um cão ainda jovem”, que “merece um final melhor”. Caso isto não aconteça, corre o risco de ter de voltar para a rua.

Carregue na galeria para conhecer Zeca, que está ainda a recuperar.

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