Família

Abrigos e lares de idosos vão passar a poder receber animais de companhia

A medida surge no âmbito de um plano de 14,5 milhões de euros para integrar os tutores e os seus animais.
Podem ficar todos juntos.

Quando as famílias sofrem crises, também os animais são impactados. Diferentes cenários podem mudar a vida dos tutores e dos seus patudos, como as idas dos idosos para os lares, ou aos que perdem as suas habitações e acabam a viver na rua. Esta realidade, que deixa os animais de companhia desamparados, está prestes a ser suavizada com a nova medida do Governo, que pretende receber também os pets em casas de abrigo, instalações para pessoas em situação de sem-abrigo e lares de idosos.

A medida foi divulgada pelo Ministério da Agricultura e Mar, inserindo-se num pacote de 14,5 milhões de euros, criado com o propósito de promover o bem-estar animal. Desta quantia, 400 mil euros deverão ser utilizados para criar instalações para animais de companhia em locais de acolhimento temporário.

O Ministério adianta que “esta medida procura dar resposta a uma realidade, cada vez mais visível, em que a presença de animais pode ser decisiva para a aceitação de apoio social por parte das pessoas em situação de sem-abrigo ou grande vulnerabilidade”, cita a Sic Notícias.

O organismo acrescenta ainda que “permitir que os animais acompanhem os seus tutores, num contexto de acolhimento”, significa “uma abordagem mais integrada, humana e eficaz na resposta social”.

O objetivo é que as autarquias locais e entidades intermunicipais se candidatem a apoios para construir “canis, gatis e, sempre que possível, zonas de exercício, cumprindo os requisitos mínimos de bem-estar animal”. A atribuição destes apoios terá em consideração a dimensão populacional do município, para assegurar “uma distribuição proporcional dos recursos”. As candidaturas começaram esta quarta-feira, 1 de outubro.

Depois de concedidos os apoios, os projetos de construção são remetidos à Direção-geral da Alimentação e Veterinária (DGAV), e a obra deverá ser concluída no prazo de um ano. 

O Ministério refere-se ao valor global do plano como “o maior investimento de sempre no bem-estar animal”. Além das novas infraestruturas, o valor engloba ainda medidas para combater o abandono e promover a adoção responsável, bem como a criação de estratégias de cooperação entre as autarquias para garantir uma resposta integrada no que toca à garantia do bem-estar animal, e ainda a implementação do Documento de Identificação do Animal de Companhia em formato digital.

A seguir, carregue na galeria para conhecer Carlos e Rocky. O tutor sem-abrigo recorreu à justiça para garantir que não ficava sem o patudo.

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