Pepper não era uma cadela fácil. Além de odiar outros cães e de ter medo de carros e de pessoas, rosnava para tudo, quer estivesse feliz ou triste. Mas não era por isso que não era especial. E era a companhia favorita de Billie Eilish, uma das maiores artistas pop desta geração.
A cantora e compositora de 21 anos partilhou, este domingo, 23 de julho, a morte da sua cadela de infância: “Pepper. A minha melhor amiga de toda a vida. Espero encontrar-te um dia, minha menina adorável”, escreveu a autora de “What Was I Made For?”, a canção que compôs para o filme “Barbie”, que já fez mais de um milhão de euros nas bilheteiras em Portugal.
“Sobreviveste 15 anos, sua guerreira. Amo-te e espero que descanses em paz. Vou ter saudades tuas para sempre. Hoje é um dia mesmo difícil”, rematou a artista.
A cadela chegou à casa de Billie quando esta tinha apenas seis anos, e veio colocar um fim à vida triste sem animais da família. “Antes, costumávamos ter vários animais em casa. Mas, com o tempo, eles foram envelhecendo e acabando por morrer. Nós ficámos todos muito tristes, mas o Patrick [O’Connel, pai de Billie] até ficou aliviado de já não ter de apanhar cocó de cão a toda a hora”, explicou Maggie Baird, a mãe da artista, num vídeo no Instagram.
Já Maggie, Billie e Finneas, irmão da cantora e também ele artista e compositor, ficaram muito desolados quando o pai lhes pediu um ano de pausa de animais de estimação, mas respeitaram. “Passado um ano, eu, a Billie e o Finneas estávamos mais do que prontos para ter outro cão. Contudo, ele não queria”.
“Então, falámos com uma terapeuta e ela disse-lhe que talvez fosse melhor se fosse ele a escolher o cão da família. Assim, não sentiria que estes animais estavam simplesmente a invadir a sua vida”. Patrick seguiu o conselho e foi com o resto da família ao abrigo mais próximo.
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“Conhecemos vários animais e apaixonámo-nos pela Pepper. O Patrick até gostava dela, mas, lá está, tinha de ser ele a escolher o animal”. Desta forma, Maggie e os filhos deixaram que fosse sozinho a um abrigo, para não ter qualquer tipo de influência na decisão.
“Esperámos os três no quarto pela sua chegada. Quando ouvimos o portão, fomos a correr ver quem é que ele tinha trazido. Ele vinha com a trela atrás das costas e, assim que vimos a Pepper, ficámos muito felizes. Tínhamos finalmente o cão que amávamos”, relembrou a mãe.
Ainda assim, nem tudo foi um mar de rosas: “Ela veio com alguns problemas, porque estava lá no abrigo e já tinha sido devolvida por várias famílias. Tinha passado um mau bocado e veio com muito medo”. Além de ser uma cadela reativa, Pepper rosnava para tudo, mas os donos aprenderam a amar isso.
“Até nos disseram para a devolvermos, porque ela era agressiva, mas nós nunca faríamos tal coisa”. Em vez disso, contrataram um treinador de cães e ensinaram-na a ser mais sociável. O que resultou ligeiramente, pois ela continuou a ser um bicho do mato na rua.
Também Maggie escreveu algumas palavras para uma “das maiores felicidades da sua vida”: “Estou de coração partido, mas muito sortuda por te ter amado tanto. Todos os que gastaram algum tempo a conhecer-te sabem o quão fácil era amar-te. Fizeste-nos rir e deste-nos muita alegria”, disse.
Carregue na galeria para ver algumas fotografias de Pepper.