Faz hoje uma semana que a ilha da Madeira tem estado a viver uma situação infernal. O incêndio, que começou a 14 de agosto no concelho da Ribeira Brava continuava ativo na ao fim do dia de terça-feira, dia 20, segundo o serviço regional de Proteção Civil, com dezenas de operacionais a combaterem as chamas. Muitos outros focos têm sido entretanto combatidos, com os habitantes das zonas em perigo a serem retirados das suas casas. A associação Ajuda a Alimentar Cães (AAAC) tem ido resgatar animais que ficaram presos nos quintais e já salvou também uma gatinha errante que tinha as patinhas queimadas. E está a oferecer tratamento médico veterinário aos animais que precisem.
Ao longo dos últimos dias, e com várias frentes ativas neste incêndio que tem sido difícil de extinguir – também muito à conta do vento –, a AAAC resgatou dos quintais de muitas habitações os animais cujos donos foram retirados à pressa e que ali ficaram. Outros foram entregues temporariamente pelas próprias famílias, por não haver local para onde os levar. Alguns já foram restituídos, e os que estavam acorrentados já tiveram a promessa dos tutores de isso não voltar a acontecer. E há outros que ainda estão ao cuidado da associação. “Ainda temos vários animais connosco que ainda não podem ser devolvidos devido à falta de segurança. As zonas continuam perigosas”, explica à PiT a presidente e fundadora da AAAC, Mariana Nóbrega.
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Chama miou bem alto e foi salva
Além desses cães e gatos que estão abrigados nas instalações da associação madeirense, há também uma pequena felina sem dono que foi resgatada com as patinhas queimadas – e que, felizmente, está a recuperar bem. Foram os miados aflitos da gatinha, à qual deram o nome de Chama, que fizeram com que as responsáveis da associação conseguissem chegar até ela e salvá-la de uma zona onde havia muito fumo e onde o piso estava ainda fumegante. A operação de resgate foi emocionante, estando a gatita agora a salvo, depois de ter sido levada ao veterinário – que ligou as patinhas feridas e que estão a evoluir bem com o tratamento. “A Chama, que só tem dois meses de idade, estará depois para adoção”, sublinha Mariana Nóbrega à PiT.
Embora a AAAC resgate muitos animais e as despesas estejam sempre a aumentar, a associação não vira as costas aos que mais precisam e tem também contado com preciosas ajudas, sob a forma de oferta de ração e medicamentos. “Estamos todos os dias e noites no terreno. Apesar das nossas dificuldades, também estamos a oferecer tratamento médico veterinário aos animais queimados”, diz-nos a a presidente da associação.
Se puder, ajude a associação com donativos monetários ou em géneros – e tudo faz falta. Percorra a galeria e veja algumas fotos dos animais que estiveram e estão ainda ao cuidado da AAAC enquanto as casas não estão de novo seguras, bem como da gatinha bebé Chama, que em breve irá precisar de um lar.