Com 14 anos, Duke Ellington Morris recebeu a triste notícia de que ainda não pode colocar os papéis da reforma. Durante anos, o gato trabalhou como terapeuta em diferentes hospitais na cidade de São Francisco, no estado da Califórnia (EUA). Agora, junta-se à Brigada das Festas, responsável por acalmar os passageiros que se preparam para voar no aeroporto.
O programa conta com diversos animais que vagueiam pelo aeroporto, usando o colete com a frase “Faz-me festas”. Além do novo membro, há mais dois cães, um coelho, Alex o Grande, que se juntou à equipa em 2022, e Lilou, o “primeiro porco terapeuta do mundo”.
Na verdade, Duke já sabia das novas funções há cerca de quatro anos, mesmo antes da pandemia lhe dar mais alguns meses de descanso. Agora, o gato preto e branco está pronto para tranquilizar as pessoas mais aflitas e para as relembrar dos calmantes a ingerir antes da descolagem.
Duke é, sem dúvida, um gato especial. E isso foi logo notório no momento da sua adoção, em 2010. Há algum tempo que Jen Morris, que trabalha no departamento de patologia do centro de saúde de São Francisco, queria um gato. Então, levou a sua filha de cinco anos a uma associação de animais para a ajudar a escolher um para ser o seu próximo companheiro.
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Quando chegaram, houve um gato, com apenas um ano, a enfiar as suas pequenas patas por baixo da boxe, o que causou diversas gargalhadas à sua filha: “Ouvi-a a rir de alegria. ‘Adoro o gatinho preto e branco’, disse. Eu fiquei do género: ‘Do que estás a falar?”. Foi quando Jen se virou para trás que os seus olhos se cruzaram com os de Duke.
“Quando o conhecemos, ele estava focado na minha filha. E pensei: ‘Se um gato quer uma miúda de cinco anos para ser a sua próxima guardiã, não pode ser assim tão mau'”, revelou à revista digital “SFGate”. E assim foi. Jen levou Duke para casa, colocou-lhe uma coleira roxa, para exibir o seu estatuto real, e mudou-lhe o nome, que antes era Tai Chi Tuxedo. E a sua reação calma e tranquila ao chegar à nova casa mostrou-lhe de que tinha feito a escolha certa.
Anos depois, Duke foi certificado como um animal de terapia. Entrou no programa de Assistência Terapêutica da Sociedade para a Prevenção da Crueldade Animal (SPCA) e acabou por correr diversas unidades de saúde a confortar os pacientes doentes.
“Ele costumava ir ao centro de saúde, para visitar os internados na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI). Eles conduziam-no num carrinho e as pessoas que queriam dar-lhe festas precisavam da aprovação dos seus médicos”, contou a tutora. Apesar de agora ter outras tarefas, Duke continua a visitar a ala de psiquiatria do centro de saúde de Langley Porter todos os domingos.
Agora, levanta-se todas as manhãs para ir para o aeroporto de São Francisco. Já se dá bem com os novos colegas, especialmente o coelho Alex, e tem recebido diversas festas no carrinho que usa para passear e acalmar passageiros. Carregue na galeria para ver algumas fotografias da Brigada das Festas.